O último dia do Avicultor Mais 2025, evento que está sendo realizado em Belo Horizonte (MG) foi aberto hoje, quinta-feira (26), realizando uma ampla análise sobre a força do marketing e da comunicação para o setor avícola de postura.
Edival Veras, presidente do Instituto Ovos Brasil, apresentou todo o trabalho feito pela instituição. “Mostramos a importância para a população do consumo de ovos. O resultado é que tivemos o melhor início de ano desde a fundação do IOB em 2007. Os resultados estão aparecendo pois as oportunidades são infinitas. Vivemos em um país que produz 1.800 ovos por segundo e nosso potencial de mercado é muito grande”, pontuou.
Veras ainda destacou o interesse da mídia sobre o ‘produto ovo’ no mercado e o crescimento do setor. “Nós estamos atendendo a imprensa diariamente devido à demanda por informações. Há um interesse crescente pelo trabalho feito na divulgação da importância nutricional dos ovos. A informação hoje é nosso grande ativo de mercado”, ressaltou.
O objetivo do Intituto Ovos Brasil para 2025, segundo Edival Verás, é continuar enaltecendo o aumento do consumo de ovos, ampliar a mídia para outros canais de comunicação, incrementar as exportações, apoiar ações que estimulem a qualidade sanitária de nossos planteis e aumentar o número de associados.
André Carvalho, Diretor de Marketing da Mantiqueira Brasil, deu sequência com o tema “Marketing na categoria de ovos”.
Ele destacou como é preciso ser essencial no mercado. Ele trouxe o segredo para transformar um produto genérico em uma marca memorável, saindo do óbvio e criando valor.
Segundo ele, para gerar conexões precisamos entender o comportamento do cliente. “Como vivemos e nos relacionamos e como consumimos dentro da realidade do público. É preciso entender como nossa marca está se integrando a esta realidade”, disse.
Sanidade: no auditório para o setor de corte, o destaque foi para o tema “Vivência no enfrentamento da Doença de Newcastle e Influenza Aviária no Rio Grande do Sul”, apresentado por José Eduardo dos Santos, Presidente da Associação Gaúcha de Avicultura ASGAV.
Ele afirmou que o Rio Grande do Sul teve condições de preparar um plano de prevenção contra as enfermidades. “Foi um trabalho de muita conscientização e avaliamos o grau de responsabilidade de cada um no setor e seus pontos de vulnerabidade, sempre com a ótica da verdade e da transparência”, disse. “Ainda há pontos que precisam ser revistos e melhorados para ampliar as políticas públicas, com ações e programas para incentivar ainda mais projetos sanitários, com recursos da União neste sentido. Este é o nosso compromisso com a biosseguridade”, disse.
Voltando ao auditório destinado às análises para o setor de postura, o destaque ficou para o tema “Tendências do mercado de ovos e a influência das preferências do consumidor”, apresentado por Nélio Hand, Diretor Executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espirito Santo (AVES).
Ele destacou o movimento mundial sobre a produção de ovos free range “No Brasil, o último dado aponta que 5% das aves em produção são criadas livres de gaiolas. Há compromissos públicos de empresas do varejo e há perspectiva de aumento deste número. O mercado deve se preparar para este movimento”, alertou Nélio Hand. “O consumidor está muito atento e nós, como produtores de ovos, precisamos estar conectados à esta demanda, que é crescente. Lembro que a avicultura de postura é a produção pecuária mais democrática que existe. Ela oferece oportunidade para o grande e para o pequeno produtor”, disse. “O consumidor quer qualidade e dentro do processo produtivo, podemos e devemos agregar conceitos como sustentabilidade e eficiência produtiva em nossa realidade econômica”, destacou.