Com o objetivo de verificar a circulação viral de doenças aviárias no território paulista, a Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado finalizou na última segunda-feira (4), os componentes III e IV do Plano de Vigilância para Influenza Aviária (IAAP) e Doença de Newcastle (DN) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Nesta etapa, as colheitas referentes ao componente III foram realizadas em estabelecimentos comerciais e as atividades do componente IV aconteceram em criações de subsistência localizadas próximas a corpos d’água com ocorrência de aves migratórias, independente de já possuírem cadastro junto ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) ou não.
“As atividades realizadas são de extrema importância para demonstrarmos a ausência de circulação viral e também para reafirmar o compromisso de São Paulo com os mais altos padrões de sanidade avícola, capazes de manter o atendimento ao mercado internacional e também nacional”, comenta Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA).
Componentes em números
Para atender ao componente III, médicos-veterinários percorreram 110 municípios e 205 propriedades, as quais totalizaram 232 núcleos avícolas, com 2.552 aves amostradas. Já em relação ao componente IV, foram realizadas colheitas em 169 pontos distribuídos em 117 municípios, totalizando 1.859 aves amostradas.
“Além das colheitas, o trabalho envolve orientação sobre a Influenza Aviária e também acerca das questões de biosseguridade que devem ser seguidas rigorosamente por todos os envolvidos na cadeia avícola”, diz Paulo.
Influenza Aviária
Desde a detecção do primeiro foco de IAAP no Estado de São Paulo, em 3 de junho de 2023, a Defesa Agropecuária mantém a intensificação nos trabalhos de vigilância e inspeção clínica em animais. Em 2023, São Paulo registrou 53 focos, todos em aves silvestres. Em 2024 foi apenas um foco e cerca de 110 notificações, com 2.084 atividades de vigilância ativa, tendo sido feitas 288 colheitas, todas negativas para IAAP. Já em 2025, com 90 notificações, o Estado tem sete focos, sendo cinco em aves silvestres e dois em aves de subsistência.