A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) enviou carta ao Ministério da Agricultura alertando que o início efetivo das exportações de milho brasileiro para a China demanda “negociações” para alcançar a “equivalência regulatória” de sementes com “eventos biotecnológicos” cultivadas no Brasil em relação a produtos autorizados para importação por Pequim.
Na noite da última terça-feira (24), o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgaram nota conjunta informando que foram concluídas as negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, a se realizar em data a definir, no período de 21 a 24 de junho de 2022.
“A Abramilho sugere aproximação ainda maior entre o Ministério da Agricultura e a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) com o Itamaraty e as Embaixadas do Brasil na China e da China no Brasil, com o objetivo de ampliar a interlocução com as autoridades chinesas, em particular o Ministério da Agricultura da China e o órgão regulador local, para dar encaminhamento e celeridade ao tema”, diz na carta o presidente da entidade e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, referindo-se à equivalência regulatória.
“A concretização deste fluxo de exportações requer negociações, que possam promover a equivalência regulatória dos eventos biotecnológicos da produção nacional em linha com o que é autorizado para importação por parte de Pequim”, afirma Paolinelli.