Alta demanda por milho no Brasil mantém cotações em alta

Ontem, a terça-feira (05) chegou ao final com os preços do milho elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Oeste da Bahia e Porto Paranaguá/PR.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a necessidade em repor os estoques das granjas e indústrias consumidoras tem puxado as cotações no início de janeiro. Além disto, com os novos lockdowns na Europa, o dólar mostrou estresse”.

Ainda nesta terça-feira, o Deral atualizou os estágios de desenvolvimento das lavouras do Paraná. Para o milho verão, 14% das áreas ainda estão em descanso vegetativo, 24% entraram em floração, 52% já foram para frutificação e 10% já chegaram à maturação.

Já para a segunda safra, o plantio se iniciou, mas ainda é insuficiente para atingir 1% do total. Os trabalhos avançaram apenas na região de Francisco Beltrão, onde 1.600 hectares já foram semeados, o que representa 2% do total do município.

B3

Os preços futuros do milho tiveram mais um dia de valorizações na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,57% e 2,01% ao final da terça-feira.

O vencimento janeiro/21 foi cotado à R$ 84,15 com ganho de 1,57%, o março/21 valeu R$ 86,16 com elevação de 1,95%, o maio/21 foi negociado por R$ 82,39 com valorização de 2,01% e o julho/21 teve valor de R$ 74,40 com alta de 1,89%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o ambiente do milho é bastante positivo no mercado mundial. “O próprio petróleo em alta favorece o etanol de milho nos Estados Unidos e a demanda está muito alta. A China deve importar mais de 25 milhões de toneladas de milho neste ano e vai enxugar parte do mercado mundial”.

Olhando mais para as movimentações futuras no Brasil, o analista destaca que os contratos na B3 voltaram a superar a marca dos R$ 80,00 com os balizadores de exportação acima de R$ 76,00 e R$ 77,00 nos portos.

“Nós temos uma demanda gigantesca perto de 80 milhões de toneladas de consumo de milho em 2021 no mercado brasileiro. Vamos ter um crescimento grande no setor de etanol e também o setor de rações que vai continuar forte com as exportações de carnes. Para dar suporte ao mercado interno a B3 está subindo”, diz Brandalizze.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também contabilizaram ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 4,75 e 8,25 pontos ao final do dia.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 4,91 com elevação de 8,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,92 com valorização de 8,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,90 com alta de 8,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,52 com ganho de 4,75 pontos.

Esses índices representaram elevação, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,66% para o março/21, de 1,65% para o maio/21, de 1,66% para o julho/21 e de 1,12% para o setembro/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, um dos fatores que ajudaram a elevar as cotações do milho na Bolsa de Chicago foi o acompanhamento do clima na América do Sul, com a falta de chuvas para as lavouras.

“O relatório mais recente de minha fonte sobre a safra da América do Sul mostra projeções diminuindo. O tamanho das safras argentinas de milho e soja caiu 1 milhão de toneladas, e o tamanho da safra brasileira de soja caiu 2 milhões de toneçldas . Para toda a América do Sul, a safra total de milho é agora 5 milhões de toneladas menor do que no ano passado”, diz Al Kluis da Kluis Advisors.

A Agência Reuters também destaca o papel do clima na América do Sul, mas ressalta ainda as expectativas para o próximo relatório de oferta/demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 12 de janeiro que irá oferecer estimativas atualizadas da produção agrícola dos Estados Unidos e da América do Sul e previsões de exportação.

“Parece que o relatório pode ser de amigável à otimista”, disse Brian Hoops, analista da Midwest Market Solutions.

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