Depois da queda histórica da sessão anterior, os futuros da soja passam por uma correção importante e têm altas de mais de 30 pontos nos principais vencimentos na manhã desta sexta-feira (18) na Bolsa de Chicago. Perto de 7h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 38,25 e 47,75 pontos, com o junho valendo US$ 13,77 e o novembro, US$ 12,91 por bushel.
Sobem não só os preços da soja, como de todas as commodities agrícolas depois da despencada assustadora do pregão desta quinta (17). O mercado sentiu forte a pressão de uma liquidação de posições, motivada em partes pelo dólar index mais forte e pelo temor da influência ainda mais presente da China no mercado de commodities.
Na manhã desta sexta, o índice dólar operava bem próximo da estabilidade, também redefinindo sua rota. Mais cedo, chegou a subir novamente, marcando sua máxima em mais de dois anos.
O recuo, no entanto, ainda era sentido pelo dólar, com o WTI sendo cotado a US$ 70,71 por barril e com perda de 0,49%. Ainda assim, os preços registram suas máximas dos últimos anos, diante de fundamentos fortes e consistentes, principalmente com o crescimento da demanda.
Para a soja, além da recuperação do financeiro, os traders seguem monitorando o clima nos Estados Unidos, com as previsões mostrando melhores condições para importantes regiões produtoras a partir da semana que vem. A partir do dia 23 já são aguardadas temperaturas mais amenas e chuvas melhores, porém, ainda concentradas mais ao leste do país, como mostram os mapas do NOAA.
Entre os derivados de soja, os ganhos também são registrados, com uma importante e consistente retomada do óleo de soja, que sobe mais de 6% na manhã desta sexta-feira. O farelo também sobe, mas de forma mais comedida.