A Associação Paulista de Avicultura (APA) e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realizaram no dia 17 de novembro a primeira reunião estratégica após a renovação do termo de colaboração. Este acordo, firmado com um investimento de R$ 3.790.920,00, visa fortalecer a vigilância epidemiológica contra a Influenza Aviária e outras doenças de interesse em sanidade avícola no Estado de São Paulo, que atualmente ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção e exportação de carne de aves.
José Roberto Bottura, Diretor Técnico da APA, destacou que o Termo de Colaboração em Defesa Sanitária tem como objetivo preservar o status sanitário avícola do estado de São Paulo. Isso será realizado por meio de ações proativas, orientações especializadas e coletas de amostras dos agentes das principais enfermidades relevantes para a avicultura paulista, com foco atual na Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
Durante a reunião, Paulo Blandino, médico veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), revisou junto aos veterinários da APA questões como registro de atividades, identificação de novos pontos focais para ações de vigilância e estabelecimento de metas para o próximo ano.
“A renovação do termo de colaboração atende às demandas do PESA, garantindo a manutenção da certificação sanitária do plantel avícola do Estado por meio de monitorias, checagem e renovação de registros, além do atendimento a focos identificados”, comentou o gerente do programa.
Desde a detecção do primeiro foco de IAAP em São Paulo, em 3 de junho, foram inspecionados 150.071 animais, realizadas 922 ações de vigilância domiciliar e atendidas 198 notificações de suspeitas de influenza aviária. Dentre essas, 51 focos para Influenza Aviária de alta patogenicidade foram diagnosticados, com 88 aves afetadas.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) destaca que, em todo o Estado de São Paulo, ações de vigilância epidemiológica estão em andamento. Todos os casos confirmados até o momento referem-se a aves silvestres, mantendo o status de livre da doença para a exportação, uma vez que a doença não foi detectada em granjas comerciais.
O pacote de medidas para combate à doença inclui ações de educação e distribuição de materiais informativos, bem como divulgação em diversos veículos de comunicação. Dada a natureza zoonótica da Influenza Aviária, trabalhos de conscientização também estão sendo conduzidos em colaboração com outras instituições, como a Secretaria de Saúde e Meio Ambiente, projetos de monitoramento de praias, prefeituras municipais e ICMBIO.