Argentina avalia regionalização e compartimentalização para doenças avícolas no estado de SP

Objetivo da missão do país vizinho foi verificar o sistema brasileiro de vigilância para ambas as doenças e as garantias que são oferecidas pelo serviço veterinário oficial do Brasil para a exportação de aves e seus produtos àquele país.

Uma missão argentina passou pelo Estado de São Paulo na última semana para auditar o sistema brasileiro de defesa agropecuária e avaliar as garantias oferecidas pelo serviço veterinário oficial do país na prevenção de doenças que afetam aves, como a influenza aviária e a doença de Newcastle. A auditoria também verificou as ações de contingência, caso algum foco venha a ser registrado no país e o sistema de Compartimento livre para IAAP e DNC aplicado no país. O Brasil costuma receber missões internacionais para essas avaliações, que ajudam a abrir mercados ou evitar a suspensão de exportações em caso de ocorrência dessas doenças. O país permanece livre de influenza aviária de alta patogenicidade e doença de Newcastle, segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Esta foi a segunda etapa da missão argentina, que em dezembro visitou estabelecimentos e órgãos de controle nos Estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Em São Paulo, quatro auditoras do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) se dividiram em dois roteiros e foram acompanhadas por auditores fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Esse acompanhamento envolveu servidores do Departamento de Saúde Animal (DSA) e das regionais do Mapa de Campinas, São José do Rio Preto, Guaratinguetá e Sorocaba. Servidores ligados ao Sistema de Inspeção Federal (SIF) também participaram de parte da programação. Na sexta (21), as auditoras se reuniram em Brasília com a equipe do DSA do ministério.

A reunião inicial ocorreu dia 17 na sede da CDA em Campinas e, de lá, a equipe argentina se dividiu. Duas profissionais visitaram granjas e incubatórios avícolas em cidades da região de São José do Rio Preto e de Guaratinguetá (Nova Granada, Mirassolândia e Redenção da Serra) e as outras duas passaram por estabelecimentos próximos à região de Campinas e Sorocaba (Santa Cruz das Palmeiras, Salto, Porto Feliz, Boituva e Itapetininga).

A missão assistiu a apresentações sobre as ações do Programa Nacional de Sanidade Avícola, visitou o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) e o sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Viracopos, ambos em Campinas. A CDA demonstrou como é realizado o controle sanitário e de biosseguridade nas granjas comerciais. É fundamental que órgãos da União e do Estado e o setor privado atuem em sintonia para a detecção precoce de eventuais focos dessas doenças assim como nas ações para sua contenção

As auditoras puderam acompanhar um procedimento de exportação de material genético avícola em Viracopos. “Ao que parece, elas ficaram bem satisfeitas com tudo o que foi demonstrado: o controle nas granjas, no abatedouro, as garantias de exportação e o monitoramento da importação de produtos, que é feito pelo Serviço Veterinário Oficial do Brasil como um todo”, disse Regina D’Arce, uma das auditoras fiscais do Mapa que acompanhou as argentinas no Estado.
“As auditoras do Senasa Argentina verificaram a dinâmica aduaneira no Brasil por meio do sistema de janela única utilizado pelos órgãos de controle e fiscalização brasileiros, conferindo, entre outros, maior agilidade e rastreabilidade no desembaraço das mercadorias importadas e exportadas, quesitos imprescindíveis para cargas perecíveis como o material genético avícola”, destacou Rita Lourenço, chefe do Vigiagro de Viracopos.

O próximo passo envolve a elaboração de um relatório oficial pela equipe argentina, que será enviado ao Mapa, em Brasília, informando o resultado da missão.

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