A demora na retirada dos embargos às exportações avícolas do Estado do Rio Grande do Sul por parte de alguns países tem preocupado o setor como um todo e foi debatida por lideranças da cadeia produtiva, autoridades, representantes do serviço oficial e pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) nesta terça-feira, 6, durante a realização do Siavs, em São Paulo. “Tivemos um problema sanitário recentemente no estado, um caso isolado da Doença de Newcastle, e conseguimos erradicar com sucesso. Foi um trabalho incansável realizado em conjunto com os serviços técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria Estadual de Agricultura. Já derrubamos o auto embargo e também comunicamos a Organização Mundial de Saúde Animal o encerramento do foco. E, ainda assim, temos embargos por parte de alguns países. Por isso, pedimos aqui que o nosso governo estadual e o Mapa se posicionem no sentido de reforçar que o Brasil cumpriu o seu papel e que, pelo histórico que temos de atendimento a estes mercados, não há mais motivo para manter o embargo. Fizemos um trabalho exemplar de erradicação, controle e vigilância”, afirmou o presidente Executivo da Asgav, Eduardo Santos.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também defendeu a suspensão dos embargos. “Estou enfatizando a minha posição aqui no Siavs. O fim da doença foi decretado pelo Mapa e temos total garantia da segurança sanitária da nossa produção. Por isso, seguimos ao lado dos produtores nessa luta”, reforçou o governador no estande da entidade. Ele ainda salientou ainda a importância dessa integração do segmento que está com um olhar não apenas comercial, mas também para a relevância de ter uma estrutura técnica capacitada, com alinhamento de conhecimentos.
A Asgav encabeça, nesta semana, uma comitiva de cerca de 60 pessoas, representantes da cadeia de produção de aves e suínos durante o Siavs. “Nossa delegação inclui empresários, produtores e profissionais do serviço oficial. Esta terça-feira foi muito produtiva, um dia de muitas informações positivas no sentido de que houve um posicionamento do Mapa e do governador do Rio Grande do Sul”, disse Santos lembrando a qualidade da feira. “É uma feira muito boa, com muitos expositores, muita tecnologia, participação de empresas de pequeno, médio e grande porte e produtores. Ela reflete aqui a pujança da produção de proteína animal brasileira, com setores que representam o motor da economia brasileira”. Depois da feira, a Asgav reuniu representantes da sua delegação em um jantar em que foi destacada a eficiência e a agilidade do Estado na resposta ao foco isolado da Doença de Newcastle.