As entidades já se reuniram com Conselho de Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apurar, apresentar as dificuldades citadas e expor a gravidade da situação. Os órgãos governamentais e instituições que representam a avicultura também já estão cientes sobre os entraves na exportação. As exportações tem sido o ponto de equilíbrio para manutenção da atividade. O setor avícola gaúcho exporta em média 60 mil toneladas de carne de frango por mês.
O presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, afirma, em tom de preocupação, que os reflexos desses impasses na logística estão garantidos na cadeia, pois não havendo a regularização do fluxo de logística e disponibilidade de containers, a produção poderá ser impactada e impulsionar mais ainda a redução que já vem acontecendo em algumas indústrias. “Os efeitos colaterais serão gravíssimos, pois o setor já está enfrentando dificuldades no mercado interno, como o preço exorbitante do milho e agora mais esse obstáculo que temos que solucionar”, ressalta.
O dirigente destaca que as pequenas e médias empresas estão sofrendo maior impacto com essa falta de equipamentos. Estão agendados novos encontros com empresas e indústrias do setor para pressionar pela Resolução dessa adversidade.
Problemas apurados na pesquisa sobre a logística de exportação na avicultura gaúcha
– Armadores mudam de opinião, rota e serviço sem aviso prévio, gerando dificuldades e prejuízos;
– Atraso de navio e quem paga os custos é o exportador;
– Custos elevados em estocagem terceirizada;
– Custos extras e taxas dentro do porto, visto que hoje, quando liberam containers, é preciso retirá-los mesmo que se tenha mais dias no porto;
– Faturamento das empresas exportadoras sendo muito impactado, pois, há a mercadoria produzida e não se consegue dar sequência ao fluxo de caixa;
– Mercadorias sendo direcionadas a outras regiões no mercado interno;
– Custos elevados devido ao direcionamento dos embarques do Porto de Rio Grande para portos em Santa Catarina;
– Produtos ficando várias quinzenas nos armazéns e ficando com shelf avançado (prejudicando a validade).
– Capacidade de estocagem está crítica;
– Estocagem em terceiros com aumento de custos;
– Dificuldade de agendar de carregamentos, visto que são programados embarques, porém, com a falta de containers, os mesmos não acontecem, o que dificulta a organização de estoque de faturamento;
– Altos valores de taxas gastos com portos, visto que estão cobrando uma série de custos nos portos quando o navio não atraca;
– Fretes marítimos supervalorizados e com custos altíssimos que dificultam as negociações.
– Empresas estão escoando, em média, 40% do fluxo normal de exportações;
– Redução de abate em 25% da produção.