A sexta-feira (07) chegou ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco e registrando leves recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,00 e R$ 78,10, mas ainda acumularam valorizações semanais.
De acordo com o Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, este começo de 2025 trouxe certo grau de apreensão para o mercado olhando para o calendário de plantio da segunda safra.
“Tem um grau de apreensão neste início de 2025 elevado em relação ao calendário do milho segunda safra. O clima muito chuvoso dificulta o andamento da colheita e, consequentemente, o ritmo de plantio da segunda safra. Isso vem adicionando algum grau de risco”, diz.
Outro fator destacado por Podsclan para alavancar as cotações ao longo desta semana, foi o aquecimento da demanda interna por milho, com as indústrias buscando se antecipar a essa demora para entrada de oferta vinda da safrinha.
Na visão do consultor, essa deverá ser a dinâmica do mercado brasileiro para os próximos 2 ou 3 meses, seguir acompanhando a avanço de plantio e as condições de campo no Brasil.
Um ponto capaz de trazer pressão às cotações pode ser uma elevação dos preços dos fretes, diante de uma colheita grande de soja e de uma safra de milho verão dentro da normalidade.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 78,10 com alta de 0,04%, o maio/25 valeu R$ 77,20 com perda de 0,41%, o julho/25 foi negociado por R$ 72,40 com queda de 0,34% e o setembro/25 teve valor de R$ 72,00 com baixa de 0,15%.
Já no acumulado semanal, as cotações do cereal brasileiro registraram valorizações de 3,44% para o março/25, de 2,63% para o maio/25, de 1,90% para o julho/25 e de 1,41% para o setembro/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (31).
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve ajustes para cima e para baixo neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização em Sorriso/MT e Porto de Santos/SP, mas percebeu valorizações em Castro/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Itapetininga/SP.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também começaram a semana subindo, mas perderam força e fecharam a sexta-feira com recuos sendo registrados. Mesmo assim, ainda acumularam valorização ao longo da semana.
O Consultor da Agrifatto, destaca que, os preços do milho em Chicago começaram a semana subindo sustentados pelas taxações impostas pelos Estados Unidos à importantes parceiros comerciais como México (maior importador de milho dos EUA), Canadá (importador de etanol de milho) e China (principal player internacional do milho).
Porém, ao decorrer da semana, algumas das taxas foram postergadas, os ânimos se acalmaram e os preços foram recuando em Chicago.
Além disso, as previsões de tempo mostrando melhora no clima para a Argentina em fevereiro também contribuíram para as quedas das cotações desta sexta-feira.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,87 com desvalorização de 7,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 5,00 com baixa de 7,00 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 5,04 com perda de 6,25 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,67 com queda de 5,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (06), de 1,56% para o março/25, de 1,38% para o maio/25, de 1,22% para o julho/25 e de 1,06% para setembro/25.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram elevações de 1,14% para o março/25, de 1,52% para o maio/25, de 1,71% para o julho/25 e de 1,52% para o setembro/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (31).