Naturalmente, também foram registradas grandes variações para baixo ou para cima. E a mais significativa delas ocorreu no primeiro semestre de 2017, ocasião em que ovos alcançaram valor superior ao da ave viva, chegando a ser remunerados por até 14% a mais que o frango.
A mesma situação se repetiu na chegada da pandemia: no bimestre março/abril de 2020 o ovo chegou a registrar, na granja, cotações mais de 12% superiores às alcançadas pelo frango. Mas esse desempenho teve duração extremamente efêmera. Pior, na sequência, sofreu (e continua sofrendo) forte deterioração
Assim, levando em conta que nos 13 meses decorridos entre julho de 2020 e julho de 2021, o frango vivo foi cotado, em média, por R$4,61/kg, enquanto a cotação do ovo girou em torno de R$3,02/dúzia, constata-se que a diferença entre eles subiu para 53%.
Quase um ano e meio atrás, em março de 2020, ao declarar-se o estado pandêmico, ovo e frango tinham, praticamente, a mesma cotação (diferença de preço inferior a 1%). É verdade que, naquela ocasião, enquanto o ovo alcançava preços até então inéditos, o frango, opostamente, enfrentava um dos piores momentos da década passada. Porém, de lá para cá (julho de 2021 x março de 2020), frente a uma valorização superior a 80% do frango, a do ovo não chega a 15%.