No levantamento anual da Pesquisa Pecuária Municipal, o IBGE constatou a existência em 2023 (data-base: 31 de dezembro) de um plantel recorde de mais de 1,5 bilhão de galináceos, meio por cento a mais que um ano antes.
Como, nesse levantamento, 16,7% dos galináceos estavam representados por galinhas (263,4 milhões de cabeças), supõe-se que:
(1º) No plantel de galinhas estão inclusas, além das poedeiras, também reprodutoras de corte e postura;
(2º) O saldo entre plantel total e galinhas correspondeu a frangos em criação na data-base do levantamento
Isto aceito, observa-se que o pequeno aumento registrado de um ano para outro ficou praticamente restrito às fêmeas (quase 2,5% de aumento), porquanto o plantel relativo aos demais galináceos (frangos) permaneceu em relativa estabilidade (aumento de 0,21%).
Mesmo assim, a expansão observada no plantel de galinhas ficou praticamente restrita às Regiões Centro-Oeste (+5,93%), Norte (+5,57%) e Nordeste (+4,02%), porquanto no Sul o aumento foi inferior a 2% e no Sudeste (principal Região alojadora do País) o plantel ficou estável (cerca de 66 mil cabeças a mais, 0,07% de aumento).
Já entre os demais galináceos os aumentos ocorreram em quatro Regiões, mas foram mínimos – de menos de meio por cento no Sul; de 0,81% no Norte; e de pouco mais de 1% no Sudeste e no Nordeste. Ou seja: uma Região (Centro-Oeste) ainda registrou retração (-3,29%).
De toda forma, é sempre oportuno ressaltar que, em se tratando de frangos, o plantel detectado restringiu-se às aves em criação na data do levantamento, ou seja, não abrangeu a totalidade dos frangos criados no decorrer do ano. Além disso, as variações registradas tanto regional como nacionalmente também sofrem a influência direta da idade de abate – que, dependendo por exemplo das condições de mercado, pode ser antecipada ou adiada em dias.