A operação-padrão dos fiscais agropecuários federais no posto aduaneiro de Foz do Iguaçu (PR) tem atrasado a entrada no Brasil de cargas de milho do Paraguai, segundo a Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul (a antiga Associação Gaúcha de Avicultura). A entidade calcula que a demora provocará um prejuízo anual de R$ 80 milhões aos produtores de aves e suínos do Sul.
Em operação-padrão, os fiscais do Ministério da Agricultura levam mais tempo para verificar os documentos das cargas e avaliam uma quantidade menor de produtos. Essa tem sido a estratégia da categoria para protestar pela reestruturação da carreira — os agentes federais rechaçaram a proposta de aumento de 5% nos salários oferecida pelo governo.
Em documento, a Organização Avícola cobra das autoridades uma solução para o impasse. “Estamos pagando uma conta que não geramos e que fragmenta nossos planos de desenvolvimento e produção de alimentos para milhões de pessoas”, afirma o presidente da organização, José Eduardo dos Santos.