Atualmente, os produtos avícolas gaúchos estão embargados por 39 países.
Porto Alegre, 17 de Junho de 2025. Com o fim do período de vazio sanitário nesta quarta-feira (18/6) após caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado no município de Montenegro-RS, a Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A/RS) vai solicitar apoio ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a retomada de exportações de carne de frango e ovos. Representante do setor avícola gaúcho, a entidade manifesta preocupação com os embargos sofridos à produção avícola estadual, o que desencadeou prejuízos severos à cadeia setorial, e reforça a necessidade de acesso aos mercados. Após 28 dias, tempo determinado por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a área afetada não teve novos registros da enfermidade e o caso sanitário foi oficialmente encerrado. Atualmente, 39 países embargaram a compra de produtos de origem avícola do RS.
A avicultura gaúcha também solicita o apoio do governo do Estado para reiterar, junto ao governo Federal, o pleito da retomada das exportações. O setor desempenha papel fundamental na balança comercial e no desenvolvimento socioeconômico estadual, sendo estratégico para o agronegócio brasileiro. “Entramos agora em uma etapa crucial para a retomada dos mercados e a retirada das restrições. Por isso, solicitamos aos órgãos oficiais e seus dirigentes para que conduzam uma negociação firme, pautada na assertividade das ações executadas no Rio Grande do Sul, que conseguiram conter a disseminação da IAAP”, destaca José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul.
As ações para evitar a disseminação foram bem-sucedidas e demonstram a capacidade técnica e operacional do Rio Grande do Sul para enfrentar situações sanitárias críticas, impedindo a proliferação da IAAP. A atuação integrada do Serviço Veterinário Oficial (SVO) estadual, em conjunto com MAPA, mais o apoio do setor produtivo, foi determinante para o êxito das deliberações tomadas. A utilização de ferramentas de tecnologia da informação, como a Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA), também foi essencial para garantir agilidade e precisão no monitoramento e no trabalho de vigilância na região atingida.
A O.A.RS e suas entidades associadas reforçam a urgência de uma articulação diplomática estratégica e diferenciada, que assegure celeridade na normalização das exportações avícolas. O setor tem plena convicção de que todas as medidas adotadas até o momento evidenciam o compromisso da cadeia produtiva e do Serviço Veterinário Oficial com a responsabilidade sanitária, pilares fundamentais para garantir a segurança dos produtos da avicultura brasileira.
“O Serviço Veterinário Oficial do Estado, em conjunto com o Ministério da Agricultura, permanece integralmente à disposição dos países importadores para apresentar, com total transparência, todas as ações implementadas no controle e erradicação do foco. Além da resposta sanitária eficaz, o Brasil mantém expressivas relações comerciais de importação de alimentos e outros produtos. Este é o momento de adotar uma postura firme nas negociações internacionais, em busca de soluções rápidas e efetivas para o setor avícola gaúcho e brasileiro”, destaca Eduardo dos Santos, presidente executivo da O.A.RS.