Querido Leitor, que bom ter você aqui novamente. Hoje eu gostaria de colocar a minha modesta opinião sobre o nosso Agro tão amado por mim.
O agronegócio brasileiro em 2025 apresenta-se como uma das estruturas produtivas mais resilientes e estratégicas do mundo. Combinando ciência aplicada, gestão intensiva e expansão sustentável, o Brasil se destaca entre os maiores produtores e exportadores de alimentos, fibras e bioenergia.
Segundo a FAO (2025), a produção brasileira contribui diretamente para o abastecimento de mais de 1,1 bilhão de pessoas, reflexo de um setor altamente tecnificado, integrado à cadeia global de suprimentos e sustentado por políticas públicas, pesquisa agropecuária e inovação.
De acordo com o IBGE (maio/2025), a produção nacional de grãos deve alcançar 318,1 milhões de toneladas, sendo que soja (155,7 milhões t) e milho (123,4 milhões t) representam mais de 88% desse volume — posicionando essas culturas como alicerces logísticos, nutricionais e econômicos de toda a cadeia agroindustrial.
Aqui temos o Panorama Geral, mas onde isso tudo vai parar?
Vejamos em números a representatividade do agro Brasileiro no ranking de produtos agrícolas exportados pelo Brasil, ocupando entre a1ª e a 5ª posição no mundo
Exportações Agropecuárias do Brasil – 2024
Produto | Valor Exportado (US$ bilhões) | Posição Mundial | Impacto Econômico Nacional |
Soja | 50 | 1º | na exportação, respondendo por cerca de 56% das trocas comerciais globais, com destaque para a demanda chinesa |
Milho | 10,0 | 1º–2º | Destaque na safra recorde; importante na segurança alimentar global.
Também líder global em exportações de milho, com participação estimada em 31% do comércio mundial . |
Café (grãos) | 12,5 | 1º | Receita elevada com mercados premium; setor tradicional e estratégico.
1º exportador mundial, com cerca de 27% das exportações globais em cafés verdes |
Açúcar | 11,7 | 1º | Alta competitividade global; saldo crescente mesmo em anos climáticos ruins.
Detém posição de maior exportador mundial, com comunidade perto de 44% das exportações globais . |
Suco de Laranja | 1,9 | 1º | Produto de alto valor agregado; liderança mundial consolidada.
Responsável por cerca de 76% das exportações globais do produto |
Carne Bovina | 12,8 | 1º | Contribuição expressiva no superávit; mercado em expansão na Ásia.
1º lugar mundial em exportações, com cerca de 23–24% do total global . |
Carne de Frango | 9,9 | 1º | Grande penetração global; alto volume e sanidade reconhecida.
Também líder global de exportação, com aproximadamente 33% do mercado mundial |
Algodão | 5,0 | 2º | Diversificação das exportações; destaque em sustentabilidade.
2º maior exportador global, atrás apenas dos EUA. |
Etanol | 1,5 (estimado) | 2º | Energia renovável em alta; potencial estratégico em descarbonização.
Figura como 2º maior exportador do produto, de acordo com dados recentes . |
Celulose (polpa) | 7,5 | Top 5 | Produto de base florestal; forte demanda em mercados asiáticos e europeus.
Entre os cinco principais exportadores mundiais, conforme dados do setor. |
Total | 122 Bilhões Aproximadamente | — | Representa mais de 50% das exportações do país em 2024. |
Esse desempenho notável confirma a força do agronegócio brasileiro: o país não apenas exporta em grande volume, mas possui uma posição estratégica em produtos essenciais para a alimentação mundial, energia renovável (etanol) e biossustentabilidade, alem é claro de deixar explicita a sua importância na balança comercial e na economia brasileira.
Ao observarmos o desempenho do agronegócio brasileiro em 2024, os números falam por si: exportamos mais de US$ 122 bilhões em produtos agropecuários, com liderança global em pelo menos 7 cadeias produtivas – soja, milho, café, açúcar, suco de laranja, carne bovina e carne de frango. O Brasil não é apenas um player: é o pilar da segurança alimentar mundial, respondendo por grande parte das calorias, proteínas e fibras consumidas no planeta.
Esses dados reforçam a relevância de fortalecer cadeias produtivas e investir em qualidade, logística e acesso ao mercado internacional – especialmente por líderes que convergem com a ESG e segurança alimentar global sem deixar de lado a agenda Climática e as questões ambientais. Uma prática da qual o Agro trabalha firme, mas não é reconhecido pelos seus esforços.
Mas e o Consumo interno?
Milho e soja: insumos estratégicos da agroindústria nacional
Com base em todos os números acima é correto dizer que “A grandeza do Brasil no mundo e o elo invisível que sustenta essa potência”, Certo?
Sim, afinal esses grãos que atravessam oceanos e fronteiras para alimentar o mundo têm um outro destino igualmente crucial: o próprio Brasil. Cerca de metade da produção de milho e farelo de soja permanece aqui, sendo transformada em proteína animal – aves, suínos, leite e carne bovina –, que por sua vez retorna ao mercado internacional ou abastece as mesas das famílias brasileiras.
Abaixo podemos ver as tabelas da distribuição de milho e farelo de soja por setor no nosso mercado interno:
Tabela 1 – Consumo nacional de milho por setor (2025)
Setor | Participação no consumo (%) |
Avicultura industrial | 46% |
Suinocultura tecnificada | 18% |
Bovinocultura intensiva | 10% |
Indústria e alimentação | 22% |
Perdas e outros usos | 4% |
Total | 100% |
Tabela 2 – Consumo nacional de farelo de soja por setor (2025)
Setor | Participação no consumo (%) |
Avicultura | 54% |
Suinocultura | 25% |
Gado leiteiro | 14% |
Exportações e outros usos | 7% |
Total | 100% |
Esses dados revelam que milho e soja não são apenas commodities: são insumos vitais e estruturantes da cadeia de produção animal brasileira. Eles respondem por 65% a 85% das rações balanceadas utilizadas na produção de frangos, suínos e bovinos. Sua qualidade define a produtividade, o bem-estar animal, o custo da ração e, por fim, a capacidade do país de alimentar o mundo com eficiência e competitividade.
O que poucos enxergam é que tudo começa no silo. Um milho mal armazenado compromete a produtividade de frangos, a saúde de leitões e a rentabilidade de uma cadeia inteira. Uma soja contaminada gera perdas silenciosas, aumenta os custos com medicamentos e aditivos, e fragiliza a base do sistema que garante proteína de qualidade ao mundo.
É nesse ponto que a armazenagem se torna um ato estratégico de soberania e eficiência.
Não é suficiente colher bem. É preciso conservar melhor. A armazenagem é o elo que separa o sucesso da perda, o superávit do prejuízo, o alimento saudável do risco sanitário. As perdas pós-colheita — que variam entre 10% e 15% — representam bilhões de reais em desperdício, além de impactos diretos no bem-estar animal, na produtividade e na reputação internacional do nosso agro.
Cada tonelada de milho que se perde por falta de ventilação, por contaminação fúngica ou umidade excessiva poderia ser proteína para exportar ou alimentar pessoas.
Cada saca de soja mal armazenada é uma oportunidade desperdiçada de fortalecer cadeias produtivas, gerar empregos, evitar aditivos químicos e preservar nossa competitividade no mercado global.
O grão não é apenas um insumo — é a moeda invisível da transformação agroindustrial. E cada vez que investimos em boas práticas de armazenagem, estamos promovendo saúde, sustentabilidade, dignidade e competitividade.
Conclusão: É hora de proteger quem alimenta o mundo
O Brasil é grande. O agro é gigante. Mas para manter essa força, não podemos mais tratar a armazenagem como uma etapa secundária. Precisamos de políticas públicas, incentivos privados e uma visão sistêmica que entenda que a qualidade do grão define a qualidade da carne, do leite, do ovo e da vida.
Se queremos um país ainda mais competitivo, resiliente e justo, precisamos parar de apontar o dedo para o agro e começar a investir nele com coragem e visão de futuro. Um grão armazenado com segurança não é apenas um produto agrícola – é um voto silencioso pela manutenção da soberania alimentar, pela saúde pública e pela economia sustentável que o Agro tanto Luta para conquistar, manter e melhorar.
Chegou o momento de investir no agro, e não perseguir o agro. De valorizar quem planta, colhe, cuida, conserva e preserva. De transformar silos em fortalezas de segurança alimentar. De unir tecnologia, ciência e emoção para garantir que cada grão armazenado com excelência seja um passo a mais rumo à prosperidade nacional e ao respeito global.
Porque o agro não é o vilão — é o herói anônimo que trabalha incansavelmente para que nenhum prato fique vazio.
Compartilhe esta informação com aquele amigo que não está relacionado ao agro e que acredita que so fazemos para destruir, talvez possamos plantar algumas sementes que possam produzir bons frutos, como sempre fazemos.
Um abraço e até a próxima.
Referências
- IBGE (2025). Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – Maio/2025.
- MAPA (2025). Estatísticas de Consumo de Grãos no Brasil.
- FAO (2025). World Food Outlook – Global Production & Trade.
- CNA (2025). Panorama Econômico do Agro Brasileiro.
- EMBRAPA Armazenagem (2024). Boas Práticas em Pós-Colheita.
- Instituto Federal Goiano (2023–2024). Avaliação de diatomáceas em controle de micotoxinas.
- Universidade Federal de Viçosa (UFV, 2023). Avaliação de impactos zootécnicos da contaminação por micotoxinas.
Links de pesquisa
en.wikipedia.org+3mellocommodity.com.br+3braziliansugarexporters.com+3.