O Ministério da Agricultura já investigou 17 casos suspeitos de influenza aviária de alta patogenicidade desde o início do ano. Todos os resultados foram negativos e o país segue sem registros da doença, que tem se alastrado pelos vizinhos Argentina e Uruguai.
Segundo a Pasta, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) brasileiro recebeu 310 notificações de suspeitas de doenças em aves desde o início do ano. Destas, apenas 118 atendiam ao critério de caso suspeito de síndrome respiratória e nervosa das aves – cujas doenças principais são Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) – e foram investigadas.
Entre as investigações, 101 casos (85,6%) foram concluídos como “suspeitas descartadas” com base em critérios clínico-epidemiológicos. “Nas outras 17 investigações (14,41%), sendo nove em aves silvestres, o Serviço Veterinário Oficial coletou amostras de casos prováveis para diagnóstico laboratorial de IA e DNC. Todas as amostras processadas tiveram resultado negativo para influenza aviária de alta patogenicidade e para doença de Newcastle”, informou a Pasta em resposta ao Valor.
Coleta antecipada
Com os registros da doença em aves silvestres, em criações de subsistência e em granjas comerciais nos países vizinhos, o Ministério da Agricultura antecipou as coletas de amostras da vigilância ativa em criações domésticas próximas a sítios de aves migratórias em todos os Estados. A vigilância ativa faz coletas planejadas de amostras em animais sem sinais da doença.
“As coletas de amostras em estabelecimentos avícolas industriais planejadas para o ciclo de 2022-2023 estão praticamente concluídas e contemplaram mais de 2.200 estabelecimentos, totalizando 34.941 amostras analisadas no país”, disse a Pasta.
Órgãos ambientais, instituições de pesquisa e profissionais ligados ao Projeto de Monitoramento de Praias têm realizado ações de monitoramento nas localidades de agregação de aves migratórias. O objetivo é identificar precocemente uma possível dispersão do vírus na fauna silvestre brasileira e potencial transmissão para os animais domésticos, explicou o ministério.