“Nossa intenção, minha e da diretoria da Regional Bauru, foi apresentar para técnicos e produtores uma alternativa de fonte proteica de alto valor. As fontes de proteína em geral são muito caras e pesam no custo de produção, por isso esta é uma alternativa bastante promissora. A produção e uso de insetos na alimentação animal já é uma realidade mundial e há boas perspectivas para o Brasil aumentar esta capacidade de uso”, afirma Marina. O diretor técnico da CATI/CDRS Regional Bauru, engenheiro agrônomo Marco Aurélio Parolin Beraldo está também muito otimista com esta apresentação e acredita que haverá bastante interesse por parte de um público amplo e genérico.
O palestrante, Dr. Diego Costa, é um entusiasta do assunto e afirma que a sustentabilidade é o maior ganho/ingrediente do emprego desta tecnologia. Segundo o especialista, o mundo todo está evoluindo para a produção e o uso de diversos insetos como fonte de proteína, inclusive para o consumo humano como já é prática em várias partes, inclusive sendo incentivado pela Associação Européia dos Criadores de Insetos Comestíveis (Efsa – European Food Safety Authority). “A sustentabilidade não é um modismo, é uma tendência. O uso de insetos na alimentação de frangos, suínos, peixes e pets, em especial gatos, tem movimentado mais de um bilhão de dólares e os investimentos são crescentes. Só a França investiu nos últimos tempos U$ 400 milhões, mas empresas no Canadá, Estados Unidos, África do Sul, Holanda também investem pesado na produção de insetos”, argumenta o palestrante.
“E o mais importante para o nosso público em especial, os agricultores familiares, é que a tecnologia pode ser aplicada tanto em grande como em pequena escala”, afirma Marina Cavalcanti, sendo uma alternativa viável para eles em atividades como avicultura de pequeno porte, suinocultura e piscicultura. Existem mais de duas mil espécies de insetos com potencial para alimentação, porém, os mais comuns são a larva de besouro (tenébrio), a mosca soldado negra e os grilos, e todos são passíveis de serem criados de maneira fácil em ambientes controlados.
Segundo um relatório divulgado no ano de 2019 pela empresa de pesquisas de mercado Meticulous Research, o segmento da alimentação baseada em insetos – tradição em países orientais como a China – tem potencial de movimentar US$ 8 bilhões até 2030, com crescimento anual médio de 24%. Esse avanço fica evidente também no histórico da Associação Brasileira de Criadores de Insetos (Asbraci), que, em apenas quatro anos de existência (em 2019), já tinha mais de 140 produtores cadastrados (Fonte: site www.vidadeempresa.com.br)
Mas há muito mais a saber, discutir, tirar dúvidas e todos podem participar, basta acessar o link de acesso no YouTube CATIcdrs. E se ainda assim não for possível, a palestra continuará disponível para os interessados. Mais informações também podem ser obtidas na CATI/CDRS Regional Bauru pelo telefone (14) 3223-1444 ou pelo e.mail [email protected]