Ontem, a quinta-feira (28) chegou ao fim com os preços do milho pouco modificados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Cascavel/PR (0,69% e preço de R$ 73,00), Porto Paranaguá/PR (1,22% e preço de R$ 83,00) e Não-Me-Toque/RS (1,30% e preço de R$ 78,00).
Já as desvalorizações apareceram nas praças do Oeste da Bahia (0,72% e preço de R$ 68,50), Dourados/MS (1,30% e preço de R$ 76,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (1,47% e preço de R$ 67,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a crescente oferta do cereal vindo de outros estados tem pesado na precificação do milho em São Paulo. A queda do dólar também colabora para pressionar as cotações para baixo. Vale a pena reforçar que o fluxo de negócios é pequeno”.
Também nesta quinta-feira o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná) divulgou seu boletim mensal de estimativas de safra revisando a primeira safra de milho no estado para 3,36 milhões de toneladas, recuo 6% em comparação à safra passada.
Já para a safrinha, o Paraná deverá produzir 13,58 milhões de toneladas , versus estimativa de 13,43 milhões de toneladas em dezembro, apurando alta de 14% em relação ao ano anterior.
B3
Os preços futuros do milho ganharam força ao longo do dia na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,50% e 0,87% ao final da quinta-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 84,49 com ganho de 0,62%, o maio/21 valeu R$ 81,72 com elevação de 0,50%, o julho/21 foi negociado por R$ 75,00 com valorização de 0,87% e o setembro/21 teve valor de R$ 73,31 com alta de 0,63%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações do milho seguem sendo excelentes com Chicago Entre US$ 5,20 e US$ 5,30, a demanda internacional aquecida com a China importando grandes volumes e o mercado nacional seguindo comprador.
Outro ponto destacado por Brandalizze é um leve atraso na chegada de novos volumes de milho no mercado brasileiro. “As chuvas em excesso complicam um pouco essa fase final de maturação e atrasa um pouco o ciclo. Então o milho que ia entrar nessa última semana de janeiro vai entrar na primeira e segunda semana de fevereiro”, explica.
Porém, o alerta do analista vai para a B3 flutuando entre R$ 80,00 e R$ 85,00 para as posições mais curtas até o meio do ano e entre R$ 70,00 e R$ 75,00 para o segundo semestre. “Esses são os patamares muito perto do que se pode dar na exportação. Não podemos trabalhar com o milho a R$ 90,00 na indústria porque isso inviabiliza o setor de ração”, aponta Brandalizze.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro perderam força ao longo dia na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registram movimentações entre 3,50 pontos negativos e 1,00 ponto positivo ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,34 com elevação de 0,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,36 com valorização de 1,00 ponto, o julho/21 foi negociado por US$ 5,27 com queda de 0,75 pontos e setembro/21 teve valor de US$ 4,65 com baixa de 3,50 pontos.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última quarta-feira, para o março/21, alta de 0,19% para o maio/21 e desvalorização de 0,19% para o julho/21 e de 0,64% para o setembro/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, na quinta-feira, os mercados agrícolas do CME Group começaram as negociações de hoje em alta, caíram e agora ficaram mistos.
A publicação destaca que, a liquidação do mercado hoje foi mais técnica do que fundamental, de acordo com um trader que falou ao Successful Farming, mas escolheu o anonimato.
“Sem dúvida, os fundamentos ainda são favoráveis, mas os preços não podem simplesmente subir, e parte do processo de descoberta de preços requer uma divisão. Neste ponto, uma boa quantidade dos fundamentos foi precificada no mercado, então nós estamos tentando definir uma nova faixa de preço enquanto esperamos por informações adicionais”, disse o trader.
Nesta quinta-feira, exportadores privados relataram ao USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vendas de exportação de 1.700.000 toneladas de milho para entrega à China durante a campanha de comercialização de 2020/2021 e vendas de exportação de 213.600 toneladas de milho recebidas durante o período do relatório para entrega em destinos desconhecidos durante a campanha de comercialização de 2020/2021.