O principal benefício de um probiótico ao hospedeiro, pensando em avicultura, é garantir a saúde intestinal, proporcionando melhores resultados zootécnicos e maior segurança sanitária. A saúde intestinal depende de três fatores principais:
1) Estrutura física íntegra, ou seja, adequado desenvolvimento e renovação da mucosa intestinal.
2) Rápida e eficiente resposta do sistema imune associado ao intestino.
3) Microbiota equilibrada.
COMPREENDENDO O MICROBIOMA INTESTINAL DAS AVES DE PRODUÇÃO
Na microbiota intestinal das aves de produção existem diversas bactérias que interagem entre si, controlando a densidade populacional e trabalhando de forma sinérgica com o hospedeiro. Essa interação intra e interespécies bacterianas é denominada Quorum sensing e se baseia em um sistema de comunicação por meio da emissão de estímulos e respostas. Desta forma, as bactérias que colonizam as aves não são inertes e sua modulação ocorre por diversos fatores como mudança na alimentação, rotina e ambiente, também em resposta a doenças, tratamentos químicos e fatores estressantes. O desequilíbrio da microbiota possibilita a multiplicação de bactérias que resultam em risco sanitário e prejuízo econômico à indústria. Ainda, de forma natural, a microbiota se modifica durante a vida da ave, aumentando de diversidade e número. O entendimento da fisiologia e do microbioma do sistema digestório das aves é fundamental para escolher a melhor cepa probiótica.
PONTOS – CHAVE PARA ESCOLHER A CEPA PROBIÓTICA
1) Colonização precoce: a pouca diversidade de bactérias
intestinais nos pintainhos recém eclodidos possibilita e facilita a colonização intestinal de bactérias probióticas agindo preventivamente contra bactérias patogênicas por meio da exclusão competitiva e inibindo bactérias que são transmitidas via ovo como a Salmonella spp. Portanto, é importante oferecer o probiótico o mais precoce possível e com cepas naturais da faixa etária e da espécie para garantir maior sucesso na colonização intestinal.
A Cinergis conta com o GVF – Pellets, aditivo probiótico e nutricional na forma de mini pellet usado logo após o nascimento dos pintos, destinado ao uso como primeiro alimento, para a colonização precoce de bactérias probióticas.
2) Fornecimento contínuo: quando o desafio com patógenos entéricos
é muito alto no campo, por falhas de manejo e/ou biosseguridade, o fornecimento contínuo de probiótico – aumentando a diversidade e a quantidade das cepas – simula o aumento natural de bactérias que ocorre com o decorrer da idade da ave e irá garantir maior segurança que não exista sítios de ligação no intestino para que essas bactérias patogênicas possam se fixar.
3) Entender o mecanismo de ação das bactérias:
Algumas bactérias colonizam o intestino enquanto outras permanecem no lúmen intestinal, devido à rápida multiplicação que impede sua completa eliminação juntamente a excreta.
a) Bactérias não colonizadoras: os Bacillus spp. são bactérias que agem no intestino por competição de nutrientes e produção de ácidos que inibem o crescimento de bactérias patogênicas sensíveis à mudança de pH. Mas sua ação de importância é competir com bactérias patogênicas na cama, impedindo sua proliferação no ambiente e inibindo outras bactérias que transformam os uratos das excretas em amônia (vilã dos dias frios em aviários). Outra vantagem desse gênero é a formação de esporos que as tornam resistentes a tratamentos na ração e cama do aviário.
b) Bactérias colonizadoras: as bactérias láticas (gêneros Lactobacillus, Enterococcus, Pediococcus, etc), além de competir por sítios de ligação no intestino e por nutrientes, são
responsáveis pela modulação do sistema imune intestinal.
• Imunomodulação: a estimulação antigênica provocada pela presença das bactérias probióticas e a capacidade de produzir sinalizadores que indicam para as células do sistema imune a presença da bactéria patogênica, tornam a resposta inflamatória mais rápida e eficaz (imunoestimulação).
• Proteção estrutural: a presença de bactérias probióticas possibilita também proteção física à mucosa intestinal devido à quebra de nutrientes, dos quais as aves não possuem enzimas para extração, tornando-os disponíveis para a renovação de enterócitos, em caso de reação inflamatória exacerbada diante a desafio, e para o desenvolvimento de vilos, consequentemente, proporcionando maior área de absorção de nutrientes e melhor desempenho. Essas bactérias controlam também a produção de muco pelas células caliciformes presentes na mucosa intestinal melhorando a barreira física contra patógenos entéricos.
• Antagonismo: é na ação antagonista que essas bactérias se destacam. Além de produzir ácidos que inibem bactérias sensíveis à mudança de pH, elas produzem pequenos peptídeos chamados de bacteriocinas que inibem outras bactérias patogênicas, produzindo também indutores, que como o próprio nome diz, induzem outras bactérias a expressarem genes que também produzirão essas bacteriocinas.
A Cinergis possui o GVF-MIX RF, aditivo probiótico indicado para ração de frangos de corte, poedeiras e aves reprodutoras em todas as fases, que colonizam os cecos e contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal. Composto por 24 cepas, 10 espécies e 4 gêneros de bactérias probióticas colonizadoras e não colonizadoras melhoradoras do desempenho zootécnico. As bactérias probióticas são encapsuladas em base de alginato que confere maior resistência térmica a tratamentos como a peletização e ácidos comumente utilizados no tratamento de matérias-primas e rações.
Portanto, a Cinergis tem a proposta de oferecer produtos completos, com cepas probióticas próprias para a faixa etária das aves, respeitando as particularidades fisiológicas da espécie, e partir do conhecimento científico da ação dessas bactérias.
*GVF-Mix RF e GVF-Pellets são produzidos pela Ghenvet Saúde Animal com distribuição exclusiva pela Cinergis Saúde e Nutrição Animal.