Uma série de ações de caráter preventivo e educativo vai ser desencadeada nos próximos dias, com o objetivo de orientar os agentes do segmento avícola de Goiás para os riscos da introdução da influenza aviária, após a constatação de casos na Colômbia e no Peru. A questão foi tratada em reunião realizada nesta terça-feira (17) na sede da agência Agrodefesa, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com a presença de representantes de todos os órgãos e entidades que integram o Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa).
As medidas serão focalizadas principalmente na orientação e conscientização de profissionais da medicina veterinária, educação sanitária de criadores para a importância da notificação de suspeitas de casos da doença e esclarecimento dos responsáveis técnicos que atuam nas revendas de produtos agropecuários para que estejam atentos e preparados para adotar as providências necessárias à correta comunicação ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) em casos suspeitos que apontem para o problema.
O diretor de Defesa Agropecuária, Sérgio Paulo Coelho, enfatizou que as medidas são necessárias e urgentes, ressaltando que a união de esforços do SVO com os demais segmentos do setor avícola é fundamental para garantir a prevenção da doença.
Ações definidas
O presidente do Coesa, Eduardo Tibery Queiroz, alinhou as medidas que serão adotadas de imediato. Uma delas é a capacitação de fiscais estaduais agropecuários médicos veterinários da Agrodefesa para atualização sobre a doença e padronização de ações. E também a continuidade nas ações previstas no Plano de Vigilância de Influenza Aviária e doença de Newcastle, já realizado em criatórios industriais, estendendo agora a coleta de amostras em aves de subsistência. Em ambos os casos, o objetivo é comprovar a inexistência da Influenza na avicultura goiana.
A Associação Goiana de Avicultura (AGA) vai realizar reunião com os seus associados, com participação da Agrodefesa, para repassar informações e sensibilizar os criadores sobre a importância da notificação ao Serviço Veterinário Oficial de casos suspeitos de quaisquer anomalias que acometerem as aves.
Outra medida será o envio de comunicação ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) propondo a realização de ações para esclarecimento dos médicos veterinários Responsáveis Técnicos nas revendas de produtos agropecuários, para que orientem os criadores sobre os riscos da Influenza e como proceder em casos suspeitos de quaisquer doenças nos aviários.
Foi definida também a produção de material de educação sanitária pelo Coesa, por meio da AGA, para ser distribuído às revendas agropecuárias, como forma de chamar a atenção dos avicultores e demais segmentos envolvidos relativos à Influenza. Os representantes de todos os órgãos e entidades se comprometeram a atuar de forma proativa e continuada para que as medidas alcancem os objetivos propostos, principalmente a prevenção e a adoção de medidas de biosseguridade em granjas comerciais para evitar que a Influenza chegue a Goiás.