Em agosto de 2024, o agronegócio brasileiro teve um desempenho descontrolado nas exportações, totalizando US$ 14,14 bilhões. Cinco setores foram responsáveis por esse soma expressiva, que representa 78,6% do total exportado: o complexo soja (31,6% de participação), carnes (15,3%), complexo sucroalcooleiro (13,5%), cereais, farinhas e saborosas (9,1%) e produtos florestais (9,0%). Juntos, esses setores somaram US$ 11,11 bilhões em vendas externas.
Comparando com agosto de 2023, esses cinco setores apresentaram uma queda de nível em relação ao volume exportado (83,8% de participação), que gerou US$ 13,08 bilhões no mesmo mês do ano passado.
Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa), ressalta que o crescimento das exportações é reflexo do incentivo promovido pelo Governo Federal. “O Brasil tem se destacado no cenário internacional graças ao retorno das boas relações comerciais do governo brasileiro com o mundo. Produtos de qualidade e controle rigoroso sanitário têm sido o nosso diferencial”, afirmou Perosa.
Destaques dos Setores
O setor do complexo soja permanece como o principal exportador, somando US$ 4,47 bilhões em agosto. A China, como sempre, continua sendo o maior parceiro comercial, importando 73,7% do volume, equivalente a 5,9 milhões de toneladas.
As exportações de carnes também registraram um avanço, alcançando US$ 2,17 bilhões, um crescimento de 5,6% em relação a agosto de 2023. A carne bovina, que atingiu recordes em volume com 245,36 mil toneladas (+15, 7%), e a carne suína, com um aumento de 9,2% para US$ 273,95 milhões, comprovaram o fortalecimento da indústria.
Já o complexo sucroalcooleiro se destacou com a previsão de produção recorde de quase 46 milhões de toneladas de açúcar na safra 2024/2025, com exportações em agosto alcançando 3,92 milhões de toneladas, totalizando US$ 1,79 bilhões (-0,9 %).
Produção em Números
Nos últimos doze meses, entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o Brasil exportou impressionantes US$ 165,76 bilhões em produtos do agronegócio, representando um crescimento de 1,6% em comparação ao período anterior, que totalizou US$ 163,19 bilhões.
As informações destacam a resiliência e o potencial do agronegócio brasileiro, que continua a ser um pilar fundamental da economia nacional e um ator crucial no comércio global de alimentos.