As novas previsões (agosto corrente) da CONAB sobre a produção da presente safra de milho não são muito diferentes das levantadas em julho passado. Mas agora o órgão prevê exportações maiores que as apontadas no levantamento anterior. Isto faz uma grande diferença, pois o estoque final de 2024 (ou seja, o inicial de 2025) pode corresponder a um volume inferior a cinco milhões de toneladas, cerca de um terço a menos que o registrado em 2020, recorde da presente década.
No que tange ao volume produzido na atual safra, prevalece a expectativa de uma redução da ordem de 12%. Assim, mesmo estando previsto quase o dobro de importação, a disponibilidade interna continuará negativa, com redução anual superior a 10%.
Por falar em redução, a CONAB reduziu ligeiramente sua previsão anterior de consumo interno (mas continua estimando que ele deva apresentar aumento anual próximo de 6%). E, opostamente, elevou as previsões de exportação, agora estimadas em 36 milhões de toneladas, cerca de um terço menos que no ano passado.
Consolidados esses números, o resultado final será um estoque final próximo (mas inferior) aos cinco milhões de toneladas, volume quase 30% menor que o registrado na safra passada.
Será com esse volume, aproximadamente, que a produção animal e o País entrarão em 2025. Representa o menor volume da presente década. E corresponde a menos de um terço do estoque final de 2020 ou inicial de 2021.