Ontem, a segunda-feira (22) chegou ao final com os preços do milho bastante voláteis no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Panambi/RS (1,27% e preço de R$ 79,02), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,37% e preço de R$ 72,00), Não-Me-Toque/RS (1,88% e preço de R$ 78,50), Rio do Sul/SC (2,53% e preço de R$ 77,00) e Brasília/DF (2,82% e preço de R$ 69,00).
Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR (0,68% e preço de R$ 73,50), Londrina/PR (0,68% e preço de R$ 74,00), Campinas/SP (1,16% e preço de R$ 87,00), Itapetininga/SP (1,20% e preço de R$ 84,00), Porto Paranaguá/PR (1,23% e preço de R$ 82,00), Castro/PR (1,28% e preço de R$ 79,00), Cascavel/PR (1,37% e preço de R$ 74,00), Tangará da Serra/MT (1,49% e preço de R$ 68,00) e Campo Novo do Parecis/MT (1,52% e preço de R$ 67,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho esteve mais cauteloso entre meados e o final da semana anterior. O vendedor ficou cauteloso com a possibilidade de alta dos fretes, enquanto o comprador preferiu não formar estoques com valores historicamente altos”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho voltaram a subir na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. “Capitalizados e atentos ao campo, vendedores do cereal voltaram a se afastar do mercado spot nacional nos últimos dias. Já alguns compradores que precisam recompor parte dos estoques acabam pagando valores maiores por novos lotes”.
O instituto destaca também que, ainda assim, os fechamentos de negócios têm sido apenas pontuais. “Pesquisadores do Cepea ressaltam que as recentes valorizações do milho também estiveram atreladas a preocupações com os fretes no mercado interno. Isso porque, à medida que a colheita da soja avança, verifica-se diminuição na oferta de caminhões para transporte de milho”.
Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) voltou a operar na casa dos R$ 84/saca de 60 kg no final da semana passada.
B3
Os preços futuros do milho tiveram um começo de semana altista na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,80% e 1,79% ao final da segunda-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 87,30 com alta de 0,80%, o maio/21 valeu R$ 87,38 com ganho de 1,62%, o julho/21 foi negociado por R$ 81,73 com valorização de 1,79% e o setembro/21 teve valor de R$ 77,80 com elevação de 1,70%.
Ajudando nessas valorizações, o dólar também começou a semana em alta ante ao real. A moeda americana subia 1,30% e era cotada à R$ 5,45 por volta das 16h49 (horário de Brasília).
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a terceira semana de fevereiro. Nos 3 dias da terceira semana do mês, o país embarcou 248.163,9 toneladas de milho não moído, totalizando 753.104,2 neste segundo mês do ano.
Até aqui, o país já embarcou 121,33% a mais do que tudo o que foi registrado durante fevereiro de 2020 (340.255,8 toneladas), mas representa apenas 29,54% de tudo o que foi embarcado durante o mês de janeiro (2.548.860 toneladas).
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também visualizou os preços internacionais do milho futuro subindo nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 8,25 e 8,75 pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,51 com ganho de 8,25 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,50 com valorização de 8,75 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,41 com elevação de 8,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,90 com alta de 8,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira de 1,66% para o março/21, de 1,66% para o maio/21, de 1,50% para o julho/21 e de 1,87% para o setembro/21.
Segundo informações do site internacional Barchart, a nova semana começa com os preços do milho mais altos após o relatório semanal de inspeções de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostrou 1,232 milhão de toneladas de exportações de milho na semana encerrada em 18/2.
“Isso foi abaixo das 1,315 milhão de toneladas da semana passada, mas 307.811 mil toneladas acima dos embarques da mesma semana do ano passado”, pondera a publicação.
As exportações de milho acumuladas estão 44% acima do ritmo da temporada passada, com 23,997 milhões de toneladas já embarcadas. Isso é 36,3% da previsão de fevereiro do USDA.