O acompanhamento do preço médio recebido pelos avicultores de postura comercial e o dispendido na aquisição das matérias-primas básicas na composição da ração administrada às aves, milho e farelo de soja, indicam expressivas perdas impostas aos produtores de ovos.
Tendo como parâmetro inicial o período pré-pandemia, a evolução de preços verificada em cada item aponta que na abertura desse ano, o ovo e as matérias-primas apresentaram movimentos inversos.
Enquanto o milho e o farelo de soja apresentaram evolução de 238% e 224%, respectivamente, o ovo continuou em declínio pelo quinto mês consecutivo atingindo evolução de apenas 135% sobre o preço médio de 2019.
Se os produtores de ovos tivessem acompanhado a evolução da cotação do milho no período analisado, o preço médio recebido na comercialização da caixa de ovos teria sido de R$151,91. No entanto, alcançou apenas 56,6% desse valor. Houvesse acompanhado a evolução do farelo de soja o preço alcançaria R$143,16. E ficou a 60% desse patamar.
E isso significou a absorção de enormes prejuízos pelos avicultores que em janeiro conviveram com um dos mais baixos preços recebidos no período analisado.