Em Chicago, volatilidade está grande e deve seguir assim diante das incertezas com as tarifações dos EUA.
A última sexta-feira (14) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 71,91 e R$ 89,69.
Conforme explicou o Analista de Inteligência de Mercado de Milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, a forte demanda interna por milho brasileiro nos setores de proteínas animais e de etanol, segue sustentando os preços do cereal tanto na B3 quanto no mercado físico.
Outro ponto de atenção é para as tarifações internacionais, que podem trazer demanda adicional para as exportações brasileiras de milho ao longo do segundo semestre de 2025.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 89,69 com valorização de 0,74%, o maio/25 valia R$ 79,83 com alta de 0,18%, o julho/25 foi negociado por R$ 72,31 com estabilidade e o setembro/25 teve valor de R$ 71,91 com elevação de 0,01%.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram perdas de 1,63% para o maio/25, de 1,51% para o julho/25 e de 1,28% para o setembro/25, além de ganho de 4,22% para o março/25.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais altas do que baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente no Porto Santos/SP, com as valorizações aparecendo em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Sorriso/MT.
Mercado externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas e acumulando desvalorizações de até 2,2% ao longo da semana.
Bulascoschi destaca que as últimas semanas foram de muita volatilidade para os preços do milho em Chicago, com movimentações totalmente atreladas as incertezas quando as tarifações impostas pelos Estados Unidos e retalhadas por importantes parceiros comerciais.
Como essas incertezas deve permanecer por mais tempo, já que as tarifações não foram suspensas, apenas adiadas para abril, a tendência é que a volatilidade forte siga dominando o mercado na CBOT nas próximas semanas.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,45 com desvalorização de 8,00 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,58 com queda de 6,75 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,67 com baixa de 4,75 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,44 com perda de 2,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (13), de 1,76% para o março/25, de 1,45% para o maio/25, de 1,01% para o julho/25 e de 0,45% para o setembro/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,14% para o março/25, de 2,29% para o maio/25, de 1,73% para o julho/25 e de 1,28% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (07).
