Em maio, somente o frango vivo apresentou variação positiva de preço em relação ao mês anterior. Mas apenas aparentemente porque, de acordo com o mercado, as cotações levantadas (correspondentes à remuneração máxima obtida pelo setor) sujeitaram-se a descontos bem maiores que os incidentes em abril, o que, na prática, se traduziu em preços efetivos menores. Provavelmente, os menores do ano e dos últimos 16 meses.
Com isso, o frango fechou o quinto mês do ano com valor cerca de 20% menor que o de um ano atrás, enquanto na média dos cinco primeiros meses do ano alcança cotação média cerca de 14% menor que a dos mesmos cinco meses de 2022.
Bem pior, no entanto, foi o desempenho do boi gordo. Seu preço, no mês, retrocedeu a valores nominais de 20 meses atrás (outubro de 2021) e correspondeu a quedas de 7,69% no mês, de 18,34% em um ano e de 16,32% nos cinco primeiros meses deste ano.
No azul, portanto, apenas o suíno vivo. Que, mantendo a estabilidade de preço no mês (variação, positiva, de 0,26% em relação a abril), registrou aumento de 6,63% em relação a maio de 2022 e fechou os cinco primeiros meses deste ano com ganho ligeiramente superior a 20%.
Porém, que ninguém se engane. O preço médio alcançado pelo suíno neste último maio foi praticamente o mesmo registrado dois anos atrás, em maio de 2021. Ou seja: os ganhos, se é que existem, são apenas de curtíssimo prazo.