Em maio, também o ovo enfrentou o marasmo de mercado e o consequente decréscimo de preços experimentado pelas demais proteínas de origem animal. De toda forma, após o susto de janeiro (quando retrocedeu ao menor valor em mais de 12 meses), preservou os ganhos obtidos entre fevereiro e abril.
Aliás, esse período vem sendo marcado não só pela valorização do produto, mas também por significativa estabilidade de preços. Para comprovar, basta avaliar o gráfico abaixo, à esquerda: nos nove meses decorridos entre maio de 2021 e janeiro de 2022, o preço médio do ovo foi 22% inferior à média do quadrimestre fevereiro/maio e apresentou variações de 14% e 12% abaixo e acima dessa média (amplitude de 26 pontos percentuais). Já entre fevereiro e abril, além de o preço médio ser quase 28% superior à média dos nove meses anteriores, as variações acima e abaixo da média não passaram dos 3% (amplitude inferior a 7 pontos percentuais).
Especificamente, o valor médio de maio apresentou recuo mensal de 3,70%, mas se manteve 30% acima do registrado um ano antes. Já na média dos cinco primeiros meses de 2022 observa-se variação próxima de 20% em relação aos mesmos cinco meses de 2021, enquanto em relação à média anual do ano passado esse índice cai para perto de 18%.
A chegada do mês de junho é vista com particular expectativa pelo setor produtivo, pois, após dois anos de absoluto vazio em decorrência da pandemia, retornam – a todo vapor e em todo Brasil – as festas juninas, evento em que a demanda por ovos aumenta de forma bastante significativa. Senão as altas, isso garante, no mínimo, a manutenção dos preços obtidos no decorrer da segunda quinzena de maio.