Depois da forte recuperação exibida em fevereiro, contava-se que o ovo seguiria firme também em março. Afinal, o mês marcou a chegada da Quaresma, período religioso em que, tradicionalmente e salvo raras exceções, são registradas as melhores cotações do ano.
Não houve retrocesso, é verdade. Mas também não houve avanço significativo já que, embora 21% superior ao de um ano atrás, o preço médio alcançado em março registrou variação mensal pouco superior a 4% – contra quase 44% de incremento em fevereiro.
De toda forma, no mês de encerramento do primeiro trimestre o ovo alcançou, pela média, preço que é recorde histórico. E, na média do trimestre, valor que se encontra, nominalmente, 11% acima da média de 2021.
Também no caso do ovo (e a exemplo do que ocorre com o frango), pode surpreender o fato de o valor alcançado neste início de 2022 se encontrar 65% acima do registrado na média de 2019, já que, embora elevada, a inflação acumulada a partir de janeiro de 2020 não chega a 20%.
Como – no tocante à área de postura – não há levantamentos oficiais de custo, talvez seja oportuno mencionar que nesse mesmo período as duas principais matérias-primas do ovo, o milho e o farelo de soja, registraram aumento de, praticamente, 150%.