Depois de obter, no mês de agosto, a melhor remuneração de 2022 e alcançar novo recorde de preço, em setembro o ovo viu seus preços recuarem quase 5%, mas sem perder a estabilidade que tem marcado o produto desde fevereiro.
Demonstrando, nesses oito meses as cotações registradas variaram entre 4,5% abaixo da média e 6% acima da média, apresentando situação bem diferente da observada, por exemplo, nos oito meses imediatamente anteriores, período em que mínimos e máximo variaram entre -14% e +11,5%.
Estabilidade, aliás, vem sendo a principal marca do setor no corrente exercício. Assim, considerados os nove primeiros meses de 2022 (pouco mais de 270 dias), em praticamente três quartos do período a amplitude entre mínimos e máximos foi de apenas 7%, o que significou (descontados os picos de abril e agosto e os baixíssimos preços de janeiro) cotações médias entre R$131,00/caixa e R$141,00/caixa. Com isso, os valores máximos de cada mês têm sido muito similares entre si (o máximo de setembro passado, por exemplo, correspondeu ao máximo registrado em fevereiro (R$141,00/caixa).
Ocorrência muito parecida vem sendo observada com o frango abatido, cujos preços máximos no decorrer do ano têm ficado ao redor de R$7,50/kg (base: produto resfriado comercializado no Grande Atacado da cidade de São Paulo), valor que se repetiu em quatro diferentes ocasiões (abril e no trimestre julho/setembro) e não foi ultrapassado em nenhum outro momento do ano.
Em outras palavras, parece que tanto em relação ao ovo quanto ao frango abatido os varejistas já definiram o máximo que irão pagar neste ano.
Mas, voltando ao desempenho do ovo no decorrer de 2022, ele alcança, em nove meses, valor que o coloca 21% à frente da média obtida em idêntico período do ano passado. O ganho, expressivo, é devido não a uma significativa valorização neste ano, mas aos baixos preços alcançados nos meses finais de 2021.