A diretora geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA), Eloísa Garcia, integra lista da Forbes das 100 mulheres mais poderosas do campo. Eloísa é pesquisadora do Instituto, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, há 38 anos e em 2019 assumiu a diretoria geral, sendo a primeira mulher a liderar o Instituto.
De acordo com a Forbes, a seleção de nomes para compor a lista levou em conta o destaque do trabalho das mulheres nos mais diferentes setores do agronegócio, como produção de alimentos de origem vegetal e animal, academia, pesquisa, empresas, foodtechs, consultorias, instituições financeiras, política, entidades e grupos de classe, além das redes sociais. O objetivo foi homenagear as mulheres que atuam no agro no Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado em 15 de outubro. A escolha dos nomes foi feita a partir de pesquisas, orientações de lideranças e informações em reportagens especiais.
“Fico muito feliz, pois é um reconhecimento do valor da pesquisa em prol da valorização do agro e da indústria de alimentos. Mais ainda é uma homenagem para todas as pesquisadoras da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)”, comemora.
Eloísa Garcia é engenheira de alimentos e mestre em tecnologia de alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tendo em seu currículo diversos cursos complementares no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e Japão. Ao longo de sua carreira, já publicou 33 artigos completos, 18 trabalhos em anais, 11 livros e 32 capítulos de livros.
É especialista em embalagens plásticas com vasta experiência em pesquisa e assistência tecnológica nas áreas de desenvolvimento de embalagens, de avaliação do potencial de interação embalagem/produto e sobre legislação de embalagem e segurança de alimentos. Na área ambiental, coordenou estudos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de materiais, embalagens e projeto de desenvolvimento de produtos com menor impacto ambiental.
Trajetória
A atual diretora geral do Ital ingressou como estagiária no Instituto em 1983, no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) e ao longo dos anos atingiu o mais alto nível de pesquisadora científica e ocupou os cargos de gerente técnica nos grupos de Embalagens Plásticas e de Meio Ambiente no Cetea e vice-diretora do Instituto por quatro anos.
Ao longo dos anos, acompanhou de perto vários processos estratégicos da instituição, alinhados ao crescimento e amadurecimento dos mercados de alimentos, bebidas e embalagens nacionais e internacionais, como a implantação dos centros de pesquisa, do Sistema de Gestão da Qualidade, da Plataforma de Inovação Tecnológica (PITec), do mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).
Desde que assumiu a liderança do Ital, Eloísa está à frente de inéditas iniciativas para o fortalecimento institucional no ecossistema de inovação como a concretização do Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa (PDIP), que viabilizou até agora a aquisição de novos equipamentos e a execução de bolsas de Mestrado, de Pós-Doutorado e auxílio Jovem Pesquisador, e a criação do Centro de Inovação em Proteína Vegetal (PRO-VEG), que abriu portas para parceria com o The Good Food Institute (GFI). A diretora geral do Ital também está dentre os mentores do instituto como parceiro especialista do TechStart Food Innovation, programa de aceleração de projetos e startups.
Além disso, Eloísa fez uma série de encontros mensais com cada unidade técnica e administrativa do Ital de maneira alternada com lideranças e com todos os servidores e estagiários para troca de ideias e compartilhamento de conhecimentos. “O ambiente científico é formado por mentes mais abertas, com maior facilidade para as mulheres se desenvolverem e subirem. Que tais oportunidades sejam cada vez mais frequentes para as mulheres do nosso país!”, afirma.