Autoridades de segurança alimentar anunciaram que estão testando carne bovina, incluindo carne moída vendida em supermercados, para detectar a eventual presença do vírus H5N1da gripe aviária, que vem se disseminando pelo gado leiteiro.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira(29) que vem conduzindo três estudos separados de segurança da carne bovina. A agência está coletando amostras de carne moída adquirida em supermercados em estados onde o gado leiteiro testou positivo para o vírus. Também está coletando amostras de tecido muscular de vacas doentes que foram separadas de seu rebanho e abatidas.
Além disso, o USDA realiza “estudos culinários”, inoculando a carne moída com “pseudo-vírus”. O objetivo é avaliar a que temperatura ocorre a morte do vírus.
A medida coincide com o momento em que a Colômbia impôs restrições à carne bovina e aos produtos derivados de carne provenientes de estados dos EUA onde os rebanhos leiteiros testaram positivo para a gripe aviária.
A entidade dos exportadores de carnes dos EUA reclama que as restrições “não têm base científica”. Os EUA são o maior fornecedor de carne bovina para a Colômbia, respondendo por cerca de US$ 40 milhões no ano passado, disse o órgão.
O USDA está testando carne bovina com reação em cadeia da polimerase, ou PCR, um teste de laboratório altamente sensível que pode detectar até mesmo vestígios de material genético inerte do vírus, se houver algum presente. Quaisquer amostras positivas serão avaliadas posteriormente para vírus vivos, disse o USDA.
“O USDA está confiante de que o fornecimento de carne é seguro. O USDA tem um processo rigoroso de inspeção de carne” e “múltiplas salvaguardas em vigor para proteger os consumidores”, disse a agência em comunicado enviado aos meios de comunicação nesta segunda-feira.
“Recomendamos que os consumidores manuseiem adequadamente as carnes cruas e cozinhem a uma temperatura interna segura”, que mata bactérias e vírus na carne, acrescentou a agência.