FAO está em alerta devido ao surto de gripe aviária em vários países do continente americano, incluindo o Brasil

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) acompanha com atenção a confirmação, por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um plantel comercial de aves em uma granja no município de Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul. O caso marca uma nova etapa na presença do vírus, que até então se limitava a aves silvestres e de criação caseira.

Desde 2022, mais de 4.700 surtos de gripe aviária altamente patogênica foram notificados na América Latina e no Caribe, afetando aves de criação, aves migratórias, mamíferos marinhos e até animais de estimação. A propagação do vírus segue as rotas naturais das aves migratórias, conectando ecossistemas do Canadá até a Terra do Fogo.

Além de representar uma ameaça à saúde animal, o vírus gera uma preocupação crescente pelo seu potencial de transmissão de aves vivas para seres humanos e pelos seus impactos nos sistemas alimentares, na biodiversidade e na saúde pública.

O Representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, ressaltou que o consumo de carne de ave e ovos continua sendo seguro, especialmente quando bem cozidos, e que o risco de infecção humana permanece baixo.

“Os avanços recentes da gripe aviária reforçam a urgência de fortalecer os sistemas nacionais de vigilância, biossegurança e resposta rápida, com atenção especial aos pequenos e médios produtores. É importante adotar a abordagem de ‘Uma só saúde’, que considera de forma integrada as interações entre animais, seres humanos e o meio ambiente, o que pode ajudar a conter a propagação do vírus”, afirmou Meza.

FAO apoia os países no enfrentamento da gripe aviária por meio de estratégias de prevenção, diagnóstico e controle. Em 2023 e 2024, a Organização colaborou na contenção de mais de 440 surtos de doenças transfronteiriças, incluindo a IAAP, em mais de 50 países. Esse trabalho continua em coordenação com os governos da região, por meio de investimentos em capacitação veterinária, sistemas de alerta precoce e articulação intersetorial. Nos últimos meses, Argentina, Colômbia, México, Panamá, Peru e Porto Rico anunciaram casos de IAAP.

É fundamental um trabalho coordenado entre todos os países da região para conter a propagação do surto ao longo do continente. Somente por meio de uma ação conjunta e contínua será possível proteger a saúde animal, salvaguardar a saúde pública e fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares.

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