O declínio da inflação nos últimos quatro meses vêm contando com a contribuição do frango e do ovo, mas não do milho, que segue com preços em ascensão.
Aliás, depois de permanecer, por três meses, com uma evolução de preços inferior à da inflação (aqui medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas), o milho volta a superar o índice inflacionário. Assim, frente a uma evolução próxima de 1.042% do IGP-DI, o milho registrou em outubro 16,5 pontos percentuais a mais, seu preço ficando 1.058% acima do registrado em meados de 1994, ocasião em que foi implantado o atual padrão monetário brasileiro, o real.
Os dois produtos da avicultura, frango e ovo, permanecem longe disso. Na segunda queda mensal consecutiva, o frango (vivo) fechou outubro com o menor valor dos últimos oito meses (ou seja, com preço superior, apenas, aos de janeiro e fevereiro), com isso acumulando variação próxima de 817% na vigência do real. Quer dizer: está 225 pontos percentuais aquém da inflação.
Sob esse aspecto, a situação do ovo é um pouco pior pois sua distância da inflação se encontra em quase 420 pontos percentuais. Mas, pelo menos, o ovo permanece em relativa estabilidade desde fevereiro passado, chegando a outubro com um incremento de 26% em relação ao mesmo mês de 2021. Já o frango vivo completa o mesmo período com redução de preço superior a 8%.