É lamentável e ao mesmo tempo triste constatar que frango e ovo já não têm mais força para, sequer, acompanhar a inflação. Em abril, conforme a Fundação Getúlio Vargas, o IGP-DI apresentou variação de 2,22%, enquanto o ovo via seus preços refluírem em relação ao mês anterior, registrando queda superior a meio por cento.
O frango vivo mal conseguiu superar o IGP-DI: em abril, apenas 0,19 ponto percentual a mais. Porém, frente a uma variação acumulada de 10,38% do IGP-DI no ano, obteve reajuste de preço que mal passa dos 7%.
É verdade que, em relação a passados 12 meses, o frango vivo apresentou variação de quase 65%. Mas isso se deve aos baixíssimos resultados de um ano atrás, quando o País experimentava a “primeira onda” de isolamento social. Já o ovo obteve em abril valorização anual inferior a 9%, ou seja, muito aquém dos quase 33,5% de variação do IGP-DI em relação a abril de 2020.
Por fim, no período de vigência do real, comparativamente a um IGP-DI mais de 920% superior, o preço do frango vivo (quase 700% de variação) ficou 223 pontos percentuais abaixo e o ovo (486,62%de variação) quase 434 pontos percentuais abaixo.
Quem não perde nesse processo – muito pelo contrário – é o milho, principal matéria-prima dos dois produtos avícolas. Vence frango e ovo no mês, nos quatro primeiros meses de 2021 e nos últimos 12 meses. E chega a abril valendo 1.235% a mais que em agosto de 1994, superando em mais de 325 pontos percentuais o IGP-DI acumulado em pouco mais de 26 anos.
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