B3 sente pressão do dólar, mas ainda segue com preços elevados.

Ontem, a terça-feira (18) foi de variações mistas para os futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,40 e R$ 80,75.

A análise da Agrinvest aponta que um dia de quedas para o dólar ante ao real, trouxe pressão negativa para as cotações do cereal na B3. Mesmo assim, o mercado nacional de milho segue com cenário de sustentação positiva.

“A demanda interna segue aquecida, impulsionada pelo aumento do processamento em usinas de etanol. Além disso, o mercado está preocupado com a janela de semeadura do milho safrinha. No Paraná, o plantio está avançando dentro do esperado, porém no Mato Grosso e demais áreas da faixa central, o período ideal de plantio já está se fechando. Milho plantado a partir de 10 de fevereiro acaba correndo risco de perder parte de seu potencial produtivo”, dizem os analistas da consultoria.

O vencimento março/25 foi cotado à R$ 80,75 com elevação de 0,44%, o maio/25 valeu R$ 76,92 com ganho de 0,01%, o julho/25 foi negociado por R$ 72,92 com alta de 0,16% e o setembro/25 teve valor de R$ 72,40 com queda de 0,48%.

No mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho tiveram poucas alterações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente em Cândido Mota/SP.

Mercado Externo

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho voltaram do feriado dos Estados Unidos na última segunda-feira com movimentações positivas nesta terça-feira.

As cotações futuras do milho lideraram as altas nas commodities agrícolas na Bolsa de Chicago ontem, terça-feira.

Os analistas da Agrinvest destacaram que, entre os fatores de suporte para a alta que continua aparecendo no mercado, estão a onda de calor para a Argentina e o bom desempenho do milho dos Estados Unidos nas exportações, já que a origem é a mais competitiva no momento, sem muitas alternativas até agosto.

Além disso, o trigo também em alta ajuda a dar suporte positivo ao milho.

O vencimento março/25 foi cotado à US$ 5,02 com elevação de 5,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 5,15 com ganho de 7,00 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 5,18 com valorização de 7,25 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,80 com alta de 5,25 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (17), de 1,16% para o março/25, de 1,38% para o maio/25, de 1,42% para o julho/25 e de 1,10% para o setembro/25.