Nos próximos 10 anos, a Granja Faria, maior empresa de ovos do Brasil, vai buscar aumentar sua fatia para 25% do mercado nacional de ovos. Em 2023, o melhor ano da companhia, após duas aquisições estratégicas, BL Ovos (ES e GO) e Katayama (SP), com resultados consolidados e um faturamento previsto na casa do R$ 3 bilhões, a Granja Faria avançou e cravou 10% do ultra pulverizado mercado de ovos.
“Os resultados deste ano consolidam a posição da Granja Faria como maior empresa de ovos do Brasil, responsável por mais de 10% do mercado”, informa o presidente do Conselho de Administração do Grupo Granja Faria, Ricardo Faria. “Com a BL Ovos, entramos no Espírito Santo e assumimos a liderança na Bahia e em São Paulo. A Katayama, a maior marca de São Paulo, nos deu um volume de produção”, acrescenta, ressaltando que o crescimento geográfico foi importante.
Depois de 15 aquisições, o empresário reafirma que é esse o caminho de expansão que a empresa continuará seguindo, pois há muitas oportunidades de crescimento pela frente. “Vamos continuar com a política de aquisições, porque o processo de maturação para construir uma unidade é muito longo e custoso, em torno de seis anos. O M&A está em nosso DNA”, diz. “Estou interessado no Nordeste e no Centro-Oeste. Com 25% do mercado, você dita tendência”.
Com uma produção de 16 milhões de ovos por dia, a previsão de faturamento da Granja Faria é de R$ 3 bilhões este ano, o dobro em relação a 2022. A empresa nasceu em 2006 e atuava somente na produção de ovos férteis. Em 2017, a companhia entrou no mercado de ovos comerciais e passou a adquirir outras marcas.
A Granja Faria também é líder no segmento de galinhas criadas soltas, com 1 milhão de aves no modelo free range (galinhas caipiras), da marca Ares do Campo. Em breve, contabilizará 2 milhões de galinhas caipiras.
Produção de grãos
Além da Granja Faria, o empresário é dono da Insolo, quinto maior produtor de grãos do país, com 230 mil hectares, dos quais 20% arrendados, na região do Matopiba, que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. “A Insolo, hoje, é uma empresa sofisticada, de alta tecnologia e capacidade de execução, que possui quatro bio fábricas para produção de insumos biológicos e três fábricas de fertilizantes orgânicos.
Nos planos do empresário, está a produção de biocombustível a partir do milho e a construção de um terminal próprio no Porto de Itaqui, em São Luiz do Maranhão.
Outros negócios são a Fertifar, que produz 100 mil toneladas de fertilizantes orgânicos por ano, e o Eggy, rede de fast-food de produtos à base de ovos.