O mais recente foi anunciado na noite de quinta-feira (25), quando um trinta-réis de-bando foi recolhido na praia dos Tamoios, em Cabo Frio, na região dos Lagos. Conforme dados divulgados pelo governo fluminense, não houve exposição de pessoas ao animal e não há registro de transmissão para humanos no Estado.
Importante ressaltar que todos os casos registrados até o momento ocorreram em aves silvestres, e de acordo com o MAPA, “não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial”. Autoridades do Governo Federal, Estados, Municípios, associações do setor avícola e outras lideranças reforçam o pedido para que as medidas de biosseguridade sejam reforçadas para que a doença não atinja plantéis comerciais de aves de corte ou de postura.
Com a intensificação das notificações de suspeitas e aumento dos casos, na segunda-feira (22) o MAPA declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. De acordo com informações do Ministério, “o Ato vale por 180 dias e é mais uma medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana”.
Outra medida tomada pelo Ministério da Agricultura foi a instalação do Centro de Operações de Emergência Agropecuária (COE-Mapa Influenza Aviária). O objetivo do Centro é atuar como mecanismo de articulação institucional em resposta ao estado de emergência zoossanitária em vigor no país desde 22 de maio.
“O COE-Mapa Influenza Aviária será responsável por uma série de ações de enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrada pela primeira vez no Brasil em aves silvestres em maio deste ano. Entre as atribuições do centro de operações estão a divulgação de informações à população, a identificação e a adoção dos mecanismos de apoio aos órgãos do Mapa para combate ao avanço de casos de IAAP”, informou o Ministério.
SUSPEITA DE CASOS EM HUMANOS
Logo após os primeiros casos terem sido detectados no Espírito Santo, surgiu a suspeita de contaminação em um homem de 61 anos do Espírito Santo, funcionário de um parque municipal de Vitória onde foi encontrada uma das aves doentes. Após monitoramento, o homem já foi liberado do isolamento.
Segundo informações do Ministério da Saúde, até dia 23 de maio, “ao todo, 42 pessoas que tiveram contato com aves doentes no Espírito Santo e Rio de Janeiro foram monitoradas e tiveram amostras coletivas pelas equipes de saúde locais e do Ministério da Saúde. Deste total, 38 já tiveram resultado negativo para H5N1 confirmado e outras quatro amostras estão em análise”.
“No Espírito Santo, os resultados negativos abrangem 33 amostras de funcionários do Parque Fazendinha, onde uma das aves foi encontrada, e outro de uma servidora do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM). Outros quatro exames de moradores do norte do Rio de Janeiro deram negativos”, informou o Ministério da Saúse, em nota.
LINHA DO TEMPO DA DETECÇÃO DE CASOS
15 de maio: O MAPA anunciou os três primeiros casos da doença no Espírito Santo, sendo duas aves marinhas da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando), uma localizada no município de Marataízes e outra no bairro Jardim Camburi, em Vitória, ambas no litoral do Espírito Santo. Foi confirmada também a detecção da doença em uma terceira ave migratória da espécie Sula leucogaster (atobá-pardo) que já se encontrava no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica (Ipram), em Cariacica.
20 de maio: o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou mais dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Um caso foi confirmado em ave silvestre, agora da espécie Thalasseus Maximus (nome popular trinta-réis-real), na zona rural do município de Nova Venécia. Já o outro caso, também em ave silvestre, foi detectado no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra em área litorânea. Trata-se de ave da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando).
22 de maio: o LFDA-SP) confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada. As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.
25 de maio: o Estado do Rio de Janeiro registrou o segundo caso de ave silvestre contaminada com a Influenza Aviária. A ave migratória, um trinta-réis de-bando, foi recolhida na praia dos Tamoios, em Cabo Frio, na região dos Lagos.