O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) promoveu, na quinta-feira (14/12), a live “Funding Soja”, revelando a composição de recursos do custeio da soja referente à safra 2023/24 em Mato Grosso.
O termo “funding” refere-se ao financiamento ou recurso financeiro fornecido para um projeto, empresa ou iniciativa. O estudo da equipe de Rentabilidade do Imea concentrou-se no custeio da safra, abrangendo sementes, defensivos, fertilizantes, serviços terceirizados, operações mecanizadas e mão de obra.
“O objetivo é analisar a participação de cada agente financeiro sobre o financiamento do produtor rural para o custeio, bem como analisar o comportamento do produtor rural durante a preparação de safra, pensando na nova composição do funding do custeio da leguminosa no estado”, explicou o superintende do Imea, Cleiton Gauer.
O projeto envolveu um levantamento dos custos agrícolas da soja na safra 2023/24, obtendo informações de bancos federais e privados, tradings, multinacionais de insumos agrícolas, e revendas de insumos e sementeiras. A verificação cruzada com os agentes de mercado e dados do Banco Central consolidou as informações, revelando a distribuição do financiamento.
O estudo indicou que as desvalorizações na commodity resultaram em atrasos na comercialização, afetando alguns indicadores no financiamento da soja para a safra 2023/24. Apesar disso, os recursos próprios dos produtores mantiveram-se como a maior parcela, representando 31,58%.
Condições climáticas adversas em Mato Grosso limitaram os produtores na retenção de créditos de multinacionais, que representaram 29,52%, enquanto as revendas elevaram sua participação para 18,06%. Os agentes financeiros, de recursos livres, tiveram uma redução para 16,72% devido às altas taxas de juros em 2023. Os recursos controlados aumentaram sua fatia, totalizando 4,12% do financiamento.
O estudo está disponível e pode ser conferido na íntegra no site do Imea (Clique para ter acesso).