Após a confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em avicultura comercial no país, na última sexta-feira, dia 16 de maio, no município de Montenegro, no Estado do Rio Grande do Sul, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), realizou nesta segunda-feira (19), fiscalizações em granjas que receberam neste mês de maio, cargas, sejam ovos ou aves, e que tinham como origem, o Estado afetado.
As ações aconteceram em granjas nos municípios de Arthur Nogueira e Pirassununga, além de um incubatório no município de Tietê. “Importante salientar que as cargas fiscalizadas nesta segunda-feira não tinham como origem, nenhum dos municípios que estão dentro do raio de 30 km do município onde ocorreu o foco”, explica Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA).
As fiscalizações desta segunda-feira são parte dos esforços da Defesa Agropecuária, que desde 2023, ano em que São Paulo registrou o primeiro caso da doença em ave silvestre, vem intensificando as ações de vigilância ativa e inspeção clínica em animais. Do início de 2024 até o presente momento, foram realizadas 3305 (três mil, trezentos e cinco) ações de vigilância ativa em todo o território paulista, com atenção especial ao litoral.
Treinamento e plano de contingência
No último mês, a partir da reciclagem que está em andamento no Estado para médicos-veterinários privados habilitados/cadastrados, a Defesa Agropecuária reforçou junto aos profissionais as medidas de biosseguridade que devem ser verificadas em granjas de produção, além de apresentar aos presentes o plano de contingência do MAPA que está em vigor. Mais de 200 profissionais participaram das atividades.
Acrescido a isso, passará a ser obrigatório e verificado a partir do mês de junho, em fiscalizações em granjas de produção, a implementação de um plano de contingência para IAAP e Doença de NewCastle, além de capacitação constante de colaboradores e funcionários acerca dos temas.
Por ser uma zoonose, trabalhos de educação também vêm sendo desenvolvidos junto com outras instituições como Secretaria da Saúde e Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, projetos de monitoramentos de praias (PMP), prefeituras municipais e ICMBIO.
Fórum Estadual
Dando sequência aos trabalhos, a Defesa Agropecuária (CDA) em conjunto com a Associação Paulista de Avicultura (APA) e com a Câmara Setorial de Ovos e Derivados, realizará no dia 3 de junho, das 8h às 18h, no Memorial da América Latina, em São Paulo, o II Fórum Estadual de Influenza Aviária. Na ocasião, especialistas abordarão diversos aspectos envolvendo a situação da doença no Brasil e no mundo.
A atividade conta ainda, com o apoio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa (SCEIC), Secretaria da Saúde (SES), Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Para participar, basta inscrever-se em Link.
Na programação, palestras técnicas de profissionais que atuam a nível nacional e internacional, a exemplo de Luciana da Costa, Professora Dra. na Universidade de Ohio e que irá abordar a “Ocorrência do vírus da Influenza Aviária (H5N1) em bovinos nos Estados Unidos e a transmissão para humanos.
Além de Luciana, compõem a programação Dr. Rodrigo Frutuoso da Organização Panamericana de Saúde (OPAS); Dra. Telma Regina do Centro de Vigilância Epidemiológica da SES; Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA) da Defesa Agropecuária; a Mestre Claudia Carvalho do Nascimento responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP); a Mestre Liliane Milanelo da SEMIL e o Dr. Ésper Kálias representando o Instituto Butantan.