Inteligência artificial e automação na cadeia de proteína animal

Na produção animal, como pecuária de corte, a rastreabilidade é uma exigência fundamental para garantir a origem, qualidade e segurança dos produtos.

Historicamente, a identificação dos animais foi feita de forma manual ou com o uso de brincos contendo códigos visuais. No entanto, startups e empresas de tecnologia estão impulsionando uma revolução nesse processo, introduzindo soluções baseadas em RFID (identificação por radiofrequência) e IoT (Internet das Coisas).

O que é IoT?

O termo IoT (Internet das Coisas) refere-se à rede de dispositivos físicos conectados à internet, que trocam dados entre si e com a nuvem. Esses dispositivos são equipados com sensores, software e outras tecnologias que permitem a comunicação e a interação com outros sistemas. A IoT pode incluir desde objetos domésticos simples, como eletrodomésticos, até equipamentos industriais avançados, com o objetivo de otimizar processos e fornecer informações em tempo real.

Levi Ferreira Lima Junior, da Zebra Brasil, destaca os avanços recentes: “Os brincos de identificação de nova geração utilizam radiofrequência, permitindo que antenas instaladas nos pontos de passagem leiam automaticamente vários animais ao mesmo tempo. Isso elimina a necessidade de leitura manual e agiliza processos como o carregamento de caminhões.”

Esse modelo não apenas otimiza o tempo, mas também aumenta a precisão dos dados, crucial para exportações e certificações de qualidade.

Monitoramento automatizado e benefícios para a cadeia produtiva

Com antenas e dispositivos conectados, é possível monitorar toda a cadeia produtiva, desde o nascimento do animal até o abate.
Essa rastreabilidade inteligente é essencial para atender às demandas do mercado global e melhorar a gestão operacional.

Segurança e conformidade na indústria com RFID e IA

A NR36, norma que regula o trabalho em câmaras frias, é um exemplo prático da aplicação de RFID e IA. “Com a identificação por radiofrequência, podemos monitorar automaticamente o tempo que cada funcionário passa dentro dessas áreas. Isso não só otimiza a operação, mas também garante conformidade com as normas de segurança sem depender de registros manuais,” explica Levi.

A automação não se limita à segurança. Sistemas de visão combinados com algoritmos inteligentes permitem identificar problemas de qualidade e realizar triagens automáticas.

A revolução da automação na classificação de cortes

“Além de reduzir o impacto da fadiga humana, esses sistemas aumentam a precisão e mantêm a produtividade consistente,” afirma Levi. Essas soluções também abrem caminho para novas aplicações, como classificar cortes premium ou monitorar o uso de EPIs de funcionários, garantindo segurança e eficiência em todos os níveis da cadeia produtiva.

De acordo com o representante, a integração de RFID, IoT e IA demonstra como a indústria de proteína animal pode se tornar cada vez mais automatizada e conectada, pavimentando o caminho para um futuro mais inovador e competitivo.

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