Em junho, o IPPA/CEPEA se manteve estável frente ao do mês anterior. O resultado se deveu ao contrabalanceamento das variações dos Índices de grupos de alimentos. Por um lado, o IPPA-Grãos e o IPPA-Hortifrutícolas recuaram, respectivamente, 0,6% e 0,3%; e, por outro, o IPPA-Pecuária avançou 0,4% e IPPA-Cana-Café, 1,2%. No caso do IPPA-Grãos, a queda esteve atrelada às desvalorizações do algodão em pluma e do milho. O cenário inflacionário e perspectiva de recessão econômica global influenciaram negativamente os preços externos e domésticos do algodão.
No caso do milho, as expectativas de segunda safra recorde pressionaram os valores pelo terceiro mês seguido. Quanto aos hortifrutícolas, as desvalorizações da uva, da batata e do tomate, devido sobretudo à maior oferta, influenciaram o desempenho deste grupo de alimento. Já a alta observada no IPPA-Pecuária é atribuída às valorizações do suíno vivo, do leite e dos ovos. No caso do suíno vivo, a alta dos preços se deveu ao aquecimento da demanda no mês, que foi impulsionada, entre outros motivos, pelas comemorações festivas típicas do período. No caso do leite, a valorização, que se observa desde fevereiro deste ano, reflete a redução da oferta. Finalmente, em relação ao avanço IPPA-Cana-Café, atribui-se à valorização do café. O preço médio do arábica da safra 2021/22, que se encerrou em junho, foi o maior desde a temporada 1997/1998. Este resultado se deve, especialmente, à redução da oferta ocorrida na temporada. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, subiu 0,86% – logo, de maio para junho, os preços agropecuários caíram frente aos industriais da economia