A sexta-feira (02) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando leves movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3), após figurarem no campo positivo ao longo do dia. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 53,85 e R$ 62,96 e acumularam desvalorizações ao longo da semana.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 53,85 com queda de 1,37%, o setembro/23 valeu R$ 57,95 com desvalorização de 1,45%, o novembro/23 foi negociado por R$ 60,42 com baixa de 1,34% e o janeiro/24 teve valor de R$ 62,96 com perda de 1,15%.
Na comparação semanal, os contratos brasileiros do milho acumularam desvalorizações de 7,66% para o julho/23, de 5,46% para o setembro/23, de 5,59% para o novembro/23 e de 5,56% para o janeiro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (26).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações do milho caíram na B3 acompanhando o dólar, que desceu do patamar acima de R$ 5,00 para a casa dos R$ 4,90.
O Analista do Itaú BBA, Francisco Queiroz, explica que a combinação de colher a primeira safra maior do que a do ano passado, a chegada de uma safrinha recorde com mais de 100 milhões de toneladas, o baixo índice de vendas já fechadas nesta temporada e o pouco espaço disponível para armazenagem após a também supersafra de soja, são os fatores que devem continuar baixando os preços do milho.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas na praça de Sorriso/MT. Já as valorizações apareceram em São Gabriel do Oeste/MS e Porto de Santos/SP.
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os preços seguem na casa dos R$ 54,00/sc, com os negócios ocorrendo em ritmo lento”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta sexta-feira somando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro, que acumularam altas ao longo desta semana.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 6,09 com valorização de 16,50 pontos, o setembro/23 valeu US$ 5,35 com alta de 11,25 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,41 com ganho de 11,25 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,50 com elevação de 10,50 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (01), de 2,87% para o julho/23, de 2,10% para o setembro/23, de 2,08% para o dezembro/23 e de 2,04% para o março/24.
Na comparação semanal, os contratos milho norte-americano acumularem ganhos de 0,83% para o julho/23, de 1,13% para o setembro/23, de 1,31% para o novembro/23 e de 1,29% para o janeiro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (26).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram constantemente ao longo da sessão de sexta-feira, fechando com ganhos de cerca de 2,5% após uma rodada de compras técnicas.
“A secura no meio-oeste é a principal história do fim de semana. A previsão não oferece muito alívio na forma de chuva, mas o importante é que a World Weather Inc. vê uma tendência mais fria após o início da próxima semana, o que pelo menos limitará mais secas”, disse o The Brock Report ao meio-dia em informações repercutida pelo site internacional Successful Farming.
