A terça-feira (27) começa com os preços futuros do milho acumulando novos ganhos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 2,20% e 2,82% por volta das 09h14 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à R$ 108,54 com elevação de 2,20%, o julho/21 valia R$ 107,60 com ganho de 2,48%, o setembro/21 era negociado por R$ 103,90 com alta de 2,74% e o novembro/21 tinha valor de R$ 105,40 com valorização de 2,82%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está se protegendo dos problemas que temos na safrinha. “O produtor vai colher a safrinha e não dá mostras de que irá vender rapidamente, então obriga as cotações subirem”.
Brandalizze destaca que a demanda brasileira projetada é para 72 milhões de toneladas, então ainda vamos precisar de muito milho disponível. “A primeira safra foi perto de 22 milhões e precisamos, de pelo menos, 50 milhões da safrinha para anteder o mercado interno. Como temos perdas grandes e o mercado está apertado”, diz.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também se mantem muito altista para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 10,00 e 30,50 pontos por volta das 09h02 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à US$ 7,11 com valorização de 30,50 pontos, o julho/21 valia US$ 6,74 com alta de 17,00 pontos, o setembro/21 tinha valor de US$ 6,03 com elevação de 10,75 pontos e o dezembro/21 era negociado por US$ 5,78 com ganho de 10,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho em maio de 2021 ultrapassaram US$ 7,00/bushel no comércio da madrugada, já que as condições de seca para a segunda safra de milho do Brasil aumentaram as preocupações com a oferta global.
“A demanda global de ração elevou os futuros da safra antiga, enquanto as chuvas na previsão dos próximos dias lançaram dúvidas sobre o fornecimento de novas safras, sustentando o ganho matinal menor para os futuros de novas safras”, destaca a analista Jacqueline Holland.
A publicação destaca ainda que, os limites de preços diários expandidos delineados pela Chicago Board of Trade (CBOT) permitiram novas máximas, com os contratos podendo subir acima do antigo limite de 25 pontos (US$ 0,25 cents/bushel). A partir de 3 de maio de 2021, a CBOT aumentará os limites de preços diários para US$ 0,60/bushel (60 pontos) com validade até novembro de 2021.