Já as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Brasília/DF, Dourados/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS e Oeste da Bahia.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos “a melhora do clima nos Estados Unidos e o dólar recuando ante ao real deu tom de queda das cotações no mercado físico”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que “o mercado físico do milho encerra mais um dia com queda nos preços, a recente desvalorização do dólar e maior disponibilidade no mercado contribuem para esta desvalorização e a saca do cereal já é negociada na casa dos R$ 91,00 em Campinas/SP”.
A consultoria SAFRAS & Mercado relata que, o mercado brasileiro de milho apresentou quedas significativas nesta semana. “As baixas foram quase gerais, iniciando pelos portos e atingindo também o interior. A combinação de queda na Bolsa de Chicago, dólar mais fraco e a “pré-colheita” da safrinha, que deve trazer aumento da oferta adiante, pesou sobre os preços”, explica.
Diante deste cenário, a consultoria destaca que “os compradores se afastaram das negociações e as bases de cotações do milho foram aos poucos caindo nos últimos dias”.
B3
Os preços futuros do milho mantiveram força nesta sexta-feira e subiram na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,45% e 3,28% ao final do último dia da semana.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 84,00 com alta de 1,45%, o setembro/21 valeu R$ 85,85 com valorização de 3,37%, o novembro/21 foi negociado por R$ 87,00 com elevação de 3,28% e o janeiro/22 teve valor de R$ 88,81 com ganho de 2,74%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorização de 9,09% para o julho/21, de 9,61% para o setembro/21, de 9,84% para o novembro/21 e de 9,56% para o janeiro/22 na comparação com a última sexta-feira (11).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho na B3 começou a acordar porque o mercado de exportação gira entre 72 e 75 reais e isso permite que a Bolsa Brasileira não precise cair mais tanto.
“Há menos de um mês a B3 era mais de R$ 100,00 e hoje está por volta dos R$ 80,00. A janela da bolsa deve ficar entre 80 e 85 reais, talvez um pouco abaixo no pico da safra devido ao balizador de exportação nessa faixa”, aponta Brnadalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) fechou o último dia da semana disparando para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 22,25 e 33,75 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,55 com ganho de 22,25 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,77 com alta de 29,00 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,66 com elevação de 33,75 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,73 com valorização de 33,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 3,48% para o julho/21, de 5,29% para o setembro/21, de 6,39% para o dezembro/21 e de 6,31% para o março/22.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam perdas de 4,24% para o julho/21, de 8,27% para o setembro/21, de 7,06% para o dezembro/21 e de 6,98% para o março/22, na comparação com a última sexta-feira (11).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram significativamente em uma rodada de pechinchas na sexta-feira, recuperando a maior parte das perdas acentuadas de quinta-feira após uma ampla liquidação de commodities ontem.
“Depois de enfrentar cortes acentuados na quinta-feira, os compradores de pechinchas voltaram aos mercados de grãos hoje, gerando uma rodada de compras técnicas que elevaram os preços significativamente no fechamento”, relata o analista Ben Potter.