A quinta-feira (18) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando grandes movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 3,07% e flutuaram na faixa entre R$ 53,50 e R$ 60,85.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 53,50 com perda de 1,83%, o setembro/23 valeu R$ 56,30 com baixa de 1,92%, o novembro/23 foi negociado por R$ 58,29 com queda de 2,48% e o janeiro/24 teve valor de R$ 60,85 com desvalorização de 3,07%.
Na visão da consultoria Agrinvest, os preços do milho na B3 seguem em desvalorização, pressionados pelas estimativas de uma grande produção da safrinha e baixa nas cotações em Chicago.
O Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, destaca ainda que os preços do milho brasileiro recuaram para poder brigar com os grãos de outros países pela demanda internacional. Uma vez que a expectativa de alta safra nos Estados Unidos pressionou também os preços de Chicago.
No mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho também tiveram um penúltimo dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas na praça de São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Para a Agrinvest, o mercado físico vê sendo mais penalizado ainda, já operando abaixo da política dos preços mínimos. “Deste modo, houve tumores de que a Conab poderia retornar com seus programas de suporte aos preços”.
Fernandes aponta ainda que, quanto mais longe dos portos ou de indústrias de ração, menores estão as cotações. “Norte do Mato Grosso e Tocantins estão com problemas muito sérios e não está fechando a conta.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro encerram a quinta-feira com movimentações no campo misto da Bolsa de Chicago (CBOT), com as primeiras posições recuando e as demais avançando.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,55 com queda de 6,25 pontos, o setembro/23 valeu US$ 4,95 com baixa de 1,50 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,00 com elevação de 1,75 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,11 com alta de 1,75 pontos.
Esses índices representaram, com relação ao fechamento da última quarta-feira (17), perdas de 1,07% para o julho/23 e de 0,40% para o setembro/23, além de ganhos de 0,20% para o dezembro/23 e de 0,39% para o março/24.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, repercutindo publicação do The Brock Report, que “os contratos futuros de grãos continuam sofrendo, caindo em meio às vendas técnicas e à pressão da demanda fraca e das fortes perspectivas de oferta”.
Outro ponto destacado pela publicação foi a redução líquida nas vendas de milho no relatório semanal de vendas de exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado ontem.
O milho tem uma redução de vendas líquidas de 339.000 toneladas métricas para 2022/2023, ficando com vendas líquidas de 74 mil toneladas, dentro da faixa esperada pelas expectativas do mercado.