Milho despenca 3,8% na B3 e fecha 2ªfeira na casa dos R$ 64,00

A segunda-feira (24) chega ao final com mais um dia negativo na trajetória dos preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 64,05 e R$ 67,63 após caírem até 3,83%.

O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 64,25 com queda de 3,70%, o julho/23 valeu R$ 64,05 com desvalorização de 3,83%, o setembro/23 foi negociado por R$ 65,33 com baixa de 3,37% e o novembro/23 teve valor de R$ 67,63 com perda de 2,55%.

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, explica que os preços do milho voltaram do feriado despencando porque nestes últimos dias choveu bem em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e cada chuva que cai são mais sacas por hectare de produtividade.

“Choveu sábado e domingo, está um clima muito favorável para uma grande safra chegar por aqui. É por isso que a B3 acaba entregando, porque sabe que vai entregar no segundo semestre e o produtor vai ter que vender muito milho”, destaca Brandalizze.

Segundo o analista da Grão Direto, Ruan Sene, o mercado do milho continuará passando por um período de desvalorização, pois ainda sofre os impactos da expectativa de uma safra cheia no Brasil.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou um primeiro dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Não-Me-Toque/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Capo Grande/MS, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Machado/MG, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, o milho segue sentindo os impactos do aumento de oferta no mercado e expectativas de grande produção na safrinha, o que faz com que o grão caia para a casa dos R$ 70,50/sc em Campinas/SP.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem em queda no Brasil, com desvalorizações ainda mais expressivas registradas nos últimos dias.

Pesquisadores do Cepea relatam que, “a pressão sobre os valores vem da menor demanda, da melhora no ritmo da colheita da safra verão (que eleva a oferta em todas as regiões) e do desenvolvimento satisfatório da segunda safra. Nesse cenário, produtores vêm priorizando a colheita da soja (que deve registrar produção recorde), e compradores se mantêm afastados das aquisições de milho, à espera de quedas ainda mais intensa nos preços, principalmente no segundo semestre, quando se inicia a colheita da segunda safra”.

Mercado Externo
O primeiro dia da semana também foi negativo para os preços internacionais do milho futuro, que registraram movimentações baixistas na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira.

O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,51 com desvalorização de 12,00 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,07 com perda de 7,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,50 com baixa de 2,00 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,47 com queda de 0,50 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (20), de 1,81% para o maio/23, de 1,30% para o julho/23, de 0,36% para o setembro/23 e de 0,18% para o dezembro/23.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos futuros de milho foram pressionados esta manhã em Chicago pela China, cancelando uma compra de 327.000 toneladas de milho.

Outro fator que pressiona as cotações internacionais é a expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponte avanço significativo no plantio da safra de milho dos Estados Unidos em seu relatório que será divulgado no final desta segunda-feira.

“Os comerciantes também estarão monitorando as previsões meteorológicas para maio para o meio-oeste, embora seu pensamento atual seja que a janela de plantio será aberta em meados de maio, levando a grandes safras de El Nino este ano”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX ao Successful Farming

Notícias Relacionadas

Revista OvoSite

Informativo diário | cadastre-se agora e receba diariamente a principais notícias do mercado gratuitamente

Canal Mundo Agro

NOSSOS PARCEIROS

Notícias Relacionadas

Últimas Notícias

Busca por palavra chave ou data

Selecione a Data

Busca por palavra chave ou data

Selecione a Data

CONFIRA OS DESTAQUES DA NOSSA ULTIMA EDIÇÃO

imagem_01

Ondas de calor: os benefícios do uso do spray de poliuretano na avicultura

Uma maneira eficaz de prevenir as perdas causadas pelas ondas de calor é a aplicação de spray de poliuretano para isolamento térmico nos galpões avícolas. Página 14.

imagem_02

Uso de hidroxi-selenometionina melhora a produtividade e qualidade dos ovos de poedeiras criadas em condições de estresse por calor

Experimento realizado no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias, na UFPB, indica que a suplementação adequada de selênio na forma de OH-SeMet beneficia os produtores de ovos. Página 16.

imagem_03

Atualização dos níveis de aminoácidos para poedeiras comerciais

A nutrição focada em atendimento dos aminoácidos digestíveis já é um assunto bastante estudado e há muitos anos utilizado na nutrição avícola. Página 20.

imagem_04

O Ovo como um aliado para a Saúde Cardiovascular: Evidências a partir de uma Análise Global?

O ovo, um alimento amplamente apreciado por sua praticidade, sabor e versatilidade, apresenta uma rica combinação de vitaminas e minerais essenciais. Página 28.

imagem_05

Impactos da ocorrência de Bronquite, Laringotraqueíte e Influenza Aviária na produção avícola brasileira

As infecções virais impactam as condições fisiológicas das aves, podendo provocar mortalidade e/ou morbidade. Página 30.

Fale agora no WhatsApp