Já as valorizações apareceram nas praças do Porto de Santos/SP (1,37% e preço de R$ 74,00), São Gabriel do Oeste/MS (1,43% e preço de R$ 71,00), Campinas/SP (1,80% e preço de R$ 85,00), Amambaí/MS (2,05% e preço de R$ 74,50) e Itapetininga/SP (2,50% e preço de R$ 82,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho teve poucas alterações nos últimos dias e os futuros da B3 foram influenciados pelas movimentações internacionais”.
No Mato Grosso as vendas de milho seguem avançando para as safras 2019/20, 2020/21 e 2021/22. O último relatório divulgado pelo Imea apontou que 99,53% da safra passada foi vendido no estado, 67,95% do ciclo 2020/21 está comercializado e 10,92% já foram comprometidos da safra que será plantada no ano que vem.
Enquanto isso no Paraná, 10% das lavouras da safra verão já foram colhidas ao mesmo tempo em que 3% das áreas de safrinha foram semeadas, conforme aponta o Deral.
B3
Os preços futuros do milho se movimentaram pouco na Bolsa Brasileira (B3) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,28% e 0,58% ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 86,86 com alta de 0,40%, o maio/21 valeu R$ 85,00 com ganho de 0,58%, o julho/21 foi negociado por R$ 78,32 com elevação de 0,28% e o setembro/21 teve valor de R$ 75,94 com valorização de 0,56%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações estão muito boas para fixação futura com a B3 batendo os R$ 80,00 para posições próximas a chegada da safrinha. Entre os fatores que ajudam nestas altas está a elevação do dólar ante ao real neste dia.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) perdeu força na reta final da terça-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,50 e 8,50 pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,56 com queda de 7,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,54 com perda de 7,75 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,39 com desvalorização de 8,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,82 com baixa de 3,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,24% para o março/21, de 1,42% para o maio/21, de 1,64% para o julho/21 e de 0,62% para o setembro/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os estoques finais de milho dos Estados Unidos não estão diminuindo tanto quanto o esperado, de acordo com o último relatório de oferta/demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado nesta terça-feira.
“Em seu relatório WASDE de fevereiro, o USDA publicou maiores estimativas de produção de milho e soja do que as estimativas de comércio, resultando em uma leve reação do mercado”, explica o analista Mike McGinnis.
Em seu relatório, o USDA estimou os estoques finais de milho para 2020/21 em 286,5 milhões de toneladas contra a expectativa de comércio de 279,79 milhões de toneladas e a estimativa do USDA de janeiro de 283 milhões de toneladas.
Peter J. Meyer, S&P Global Platts, chefe de análise de grãos e oleaginosas, disse à Successful Farming, que o mercado de milho ficou desapontado com um aumento de apenas 50 milhões de bushel nas exportações de milho.
“Muitos, incluindo a S&P Global Platts, esperavam um aumento de 150 milhões de bushel após o recorde de compras chinesas no final de janeiro, mas o Quadro Mundial do USDA continua reativo em vez de pró-ativo”, disse Meyer.
Outro analista, Sal Gilbertie, da Teucrium Trading, concorda que os mercados ficaram decepcionados com os números de uso de milho do USDA, que ficaram muito abaixo das expectativas em todas as categorias.