Já as valorizações apareceram nas praças de Londrina/PR (0,57% e preço de R$ 87,50), Pato Branco/PR (1,13% e preço de R$ 89,20), Palma Sola/SC (1,13% e preço de R$ 89,50), Ubiratã/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,16% e preço de R$ 87,50), Rio do Sul/SC (1,18% e preço de R$ 86,00), Eldorado/MS (1,20% e preço de R$ 84,00) e São Gabriel do Oeste/MS (3,66% e preço de R$ 85,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico segue com poucos negócios, travado e com referências nominais. Todos os players estão atentos ao clima e ao dólar. Segundo a Somar Meteorologia, a umidade do solo aumentou em Mato Grosso e Goiás com a chuva dos últimos dias. A precipitação prosseguirá sobre Mato Grosso, Rondônia, Pará, Tocantins e Maranhão”.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de abril e trouxe dados sobre as três safras de milho além de projeções sobre oferta e demanda brasileiras.
Para a segunda safra, que está sendo plantada neste momento, a entidade aponta que 91,7% das lavouras já foram semeadas até a última semana de março contra 96,2% da safra passada neste mesmo período.
“Houve a intensificação do plantio das lavouras no mês de março, o qual estava atrasado em razão dos problemas sequenciais provocados pelo clima, observados no planejamento operacional das lavouras”, diz a publicação.
A entidade elevou para 14.837,7 mil hectares a expectativa de plantio, representando acréscimo de 7,9% em relação à segunda safra anterior. Já a produção esperada caiu de 82,802 milhões de toneladas para 82,608 milhões, representando incremento de 10,1% em comparação ao último ciclo.
B3
Os preços futuros do milho tiveram mais um dia altista na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,84% e 1,00% ao final da quinta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 99,84 com elevação de 0,94%, o julho/21 valeu R$ 95,29 com alta de 0,84%, o setembro/21 foi negociado por R$ 89,70 com ganho de 0,84% e o novembro/21 teve valor de R$ 90,29 com valorização de 1,00%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho segue firme sem muita oferta disponível no Brasil, com o “dono da bola” ainda sendo o produtor de milho.
“Por isso o mercado está muito pressionado e com muita especulação em números”, aponta.
Brandalizze comenta ainda que, nos atuais patamares próximos aos R$ 100,00, o setor de ovos e suínos está de “cabelos em pé” e é preciso seguir acompanhando o que vai acontecer no mercado no restante do ano.
“O mercado está muito forte neste primeiro semestre, mas ninguém garante o que vai ser no segundo. Tem gente chutando que o milho pode chegar à R$ 130,00 e aí quem vai comer milho? Só os milionários, porque ovo, frango e suíno não vai poder comer”, afirma o analista.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também se valorizaram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 9,25 e 19,25 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,79 com valorização de 19,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,62 com ganho de 16,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,10 com alta de 10,75 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,94 com alta de 9,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 3,39% para o maio/21, de 2,93% para o julho/21, de 2,20% para o setembro/21 e de 1,86% para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos EUA subiram na quinta-feira devido ao otimismo das exportações e ao posicionamento à frente do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado na sexta-feira.
A publicação aponta ainda que, o milho também subiu enquanto a Administração de Informação de Energia dos EUA relatou os estoques de etanol no menor nível desde novembro.
“Estamos apenas a cerca de um milhão de galões de distância das baixas de outubro, em termos de estoques de etanol, indo para a temporada de verão”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.