Ontem, a quinta-feira (25) chegou ao final com os preços do milho mais uma vez elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Cascavel/PR (0,62% e preço de R$ 81,00), Não-Me-Toque/RS (0,64% e preço de R$ 78,50), Panambi/RS (0,69% e preço de R$ 78,54), Pato Branco/PR (1,22% e preço de R$ 82,70), Cândido Mota/SP (1,23% e preço de R$ 82,00), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,25% e preço de R$ 81,00), Eldorado/MS (1,31% e preço de R$ 77,50), Brasília/DF (1,37% e preço de R$ 74,00) e Oeste da Bahia (2,17% e preço de R$ 70,50).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho teve poucas alterações de preços nos últimos dias. Com o plantio da segunda safra na reta final em boa parte do Brasil Central, as atenções se concentram no dólar e no clima. A diferença entre as tentativas de compra e as tentativas de venda em Campinas/SP está relativamente grande”.
B3
Os preços futuros do milho tiveram mais um dia de movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam flutuações entre 0,96% negativo e 0,23% positivo ao final da quinta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 93,33 com desvalorização de 0,96%, o julho/21 valeu R$ 88,88 com queda de 0,47%, o setembro/21 foi negociado por R$ 83,60 com perda de 0,24% e o novembro/21 teve valor de R$ 84,49 com alta de 0,23%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a colheita da safra de verão começa a fluir novamente com os produtores que terminaram de colher a soja retomando as atividades do milho, mas os indicativos seguem firmes.
“Os compradores querem milho e a entrada da safrinha deve ser um pouco mais tarde. Com isso o mercado segue concorrido para compra e sustentado para o milho”, diz o analista.
Brandalizze aponta ainda que 98% da segunda safra foi plantada até o momento, restando apenas algumas áreas isoladas que são irrigadas e que estão com feijão na primeira safra.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT), operou durante toda a quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro recuando. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,50 e 6,75 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,46 com desvalorização de 6,75 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,32 com queda de 4,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,82 com perda de 4,00 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,65 com baixa de 3,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 1,27% para o maio/21, de 0,93% para o julho/21, de 0,82% para o setembro/21 e de 0,85% para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho diminuíram pressionados por um dólar mais firme, o que tende a tornar os grãos dos Estados Unidos menos competitivos globalmente, com a tomada de posição antes dos principais relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima semana.
“Os declínios nos contratos futuros de petróleo também pressionaram os preços do milho, que é usado como etanol. O petróleo caiu devido às preocupações com a demanda devido às novas restrições à pandemia na Europa”, destaca Julie Ingwersen da Reuters Chicago.