O clima ainda é um fator importante para o mercado do milho. As perdas registradas nas lavouras da América do Sul seguem dando suporte aos preços no mercado internacional. Para o mercado interno, a análise é de que os preços se manterão firmes até maio deste ano.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– O mercado externo segue suportado pelas condições da safra sul-americana, com perdas na Argentina apesar das chuvas desta semana;
– Crise entre Ucrânia e Rússia sustenta o mercado de trigo e tem reflexos sobre o milho;
– Petróleo a US$ 85 mantém a boa demanda para etanol nos Estados Unidos;
– Exportações de milho dos EUA melhoram com risco de perdas na Argentina;
– Discussões sobre o próximo plantio nos EUA, com possibilidade de redução de área no milho, ajudam a criar um ambiente de suporte nos preços;
– Milho argentino a US$ 270 FOB não viabiliza importações pelo Brasil;
– No mercado interno, o custo de importação de milho para o primeiro trimestre está entre R$ 104 e 107 no porto, sem impostos, e mais o custo de internalização do milho;
– Não há alternativas de abastecimento da região Sul, a não ser a busca por lotes mais distantes da região;
– Colheita da soja tende a elevar fretes e dificultar logística nas próximas semanas;
– Quebras no verão surpreendem no Sul até mesmo os mais pessimistas;
– Exportações devem fechar perto de 21 milhões de toneladas em 2021 e estoques de passagem em 3 milhões, os mais baixos desde 2012;
– Preços do milho no mercado interno devem seguir firmes até maio;
– Plantio de safrinha começando no Mato Grosso, no Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Paraguai;
– Maioria das regiões precisa de boas chuvas em fevereiro para a safrinha.